CEO do JPMorgan compartilha segredo de motivação após 19 anos no comando, comparando liderança a Tom Brady
Aos 69 anos, executivo faz comparação entre liderança e a rotina de atletas de elite, citando Tom Brady como exemplo.
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, mantém dedicação após quase duas décadas
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, declarou que continua com o mesmo ritmo e comprometimento no trabalho, mesmo após quase 20 anos à frente do maior banco dos Estados Unidos. Aos 69 anos, ele comparou sua rotina à de atletas de elite, como Tom Brady, ex-quarterback e membro do Hall da Fama do futebol americano.
Em uma entrevista com Alyson Shontell, editora-chefe da Fortune, durante a Cúpula das Mulheres Mais Poderosas em Washington, Dimon enfatizou sua dedicação diária em todas as reuniões. “Se eu perceber que não consigo mais dar 100%, deveria seguir em frente. Você não pode se aposentar no mesmo lugar”, afirmou.
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Disciplina e foco nas reuniões
Dimon é reconhecido por sua postura rigorosa em reuniões, onde não tolera distrações. Ele mencionou que pede que todos estejam totalmente presentes. “Se alguém estiver lendo e-mails ou olhando o iPad enquanto falamos, eu peço para fechar. É desrespeitoso”, disse.
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Para o CEO, manter energia e foco é fundamental para a liderança. Ele citou Tom Brady como exemplo de disciplina: “Atletas não dizem que estão cansados de treinar. Eles continuam se dedicando. O mesmo vale para liderar uma empresa.”
Um dos últimos veteranos de Wall Street
Dimon é um dos poucos executivos de bancos que permanece no cargo desde a crise financeira de 2008. Enquanto instituições como Goldman Sachs, Morgan Stanley, Bank of America e Citigroup passaram por mudanças de liderança, ele completa 19 anos à frente do JPMorgan.
O mandato médio dos CEOs de instituições financeiras do S&P 500 é de 9,1 anos, tornando Dimon uma exceção. As especulações sobre sua sucessão são frequentes, especialmente após ele afirmar que sua aposentadoria “já não está mais a cinco anos de distância”, uma frase que costumava usar.
Reflexões sobre liderança e motivação
Dimon acredita que o próximo líder do JPMorgan não precisa ser o mais inteligente, mas sim alguém com “coração, ética de trabalho, curiosidade e respeito”. Mesmo após anos no comando, ele se sente motivado pelo impacto do banco em comunidades, pequenas empresas e projetos filantrópicos.
Ele reconhece que também precisa de pausas: “Fico cansado às vezes e preciso descansar.” Em tom bem-humorado, comentou: “Gestão é muito divertida, exceto por duas coisas — clientes e funcionários.”
Para Dimon, líderes empresariais falham quando perdem o entusiasmo ou deixam de aprender. Ele acredita que humildade, aprendizado constante e a capacidade de não se acomodar são essenciais para manter uma empresa em crescimento.
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.