Censo indica desaprovação das emendas parlamentares, com 82% dos entrevistados vendo-as como “alvo de corrupção”, aponta Quaest
Estudo aponta que grande parte da população não tinha conhecimento da vasta quantia de recursos controlada por parlamentares.
Uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (15) pelo instituto Quaest aponta para a desconfiança da população brasileira em relação ao uso de emendas parlamentares. O levantamento indica que 82% das pessoas acreditam que os recursos são desviados ou se tornam alvo de corrupção antes de chegarem às cidades. Apenas 9% disseram acreditar que o dinheiro realmente chega aos municípios.
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O estudo foi conduzido através de entrevistas com dois mil eleitores em 120 municípios, nos dias 10 e 14 de julho. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
As emendas orçamentárias, elaboradas por deputados e senadores, representam um recurso do Orçamento da União. Em 2024, o montante total sob o controle do Congresso atingiu R$ 50 bilhões. A pesquisa indica que 72% dos entrevistados desconheciam a existência dessas emendas.
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Ademais da desinformação, os dados indicam rejeição na prática: 46% das pessoas acreditam que deputados e senadores não deveriam ter o direito de indicar emendas. Para esse grupo, a prática prejudica o planejamento do governo federal. Já 38% defendem o modelo atual.
Grande parte também se mostra insatisfeita com o Congresso.
O levantamento também registrou a avaliação da população em relação ao trabalho do Congresso Nacional. Segundo os dados, 51% consideraram o desempenho da Câmara e do Senado desaprovado, enquanto 42% manifestaram aprovação. Outros 7% não souberam ou não quiseram responder.
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Fonte por: Brasil de Fato
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.












