Cenário político atual: Economia se torna dependente de decisões políticas que promovem polarização e impedem o andamento de decisões

Setor do agronegócio identifica crise tarifária intensificada pelo posicionamento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

15/07/2025 19:45

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Cenário político atual: Economia se torna dependente de decisões políticas que promovem polarização e impedem o andamento de decisões
(Imagem de reprodução da internet).

Diante da tensão criada pela decisão dos Estados Unidos de aumentar em 50% os impostos sobre produtos brasileiros, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) manifestou preocupação com a poluição do ambiente político na economia brasileira.

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Para superar a situação, a entidade enfatiza reformas estruturais, segurança jurídica e um ambiente político que possibilite o planejamento do médio e longo prazo.

É necessário que alguém expresse o óbvio: a economia não pode continuar sendo refém de narrativas políticas que fomentam extremos e prejudicam decisões, afirma em manifesto publicado nesta terça-feira (15).

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A entidade constata que o Brasil perde a confiança do setor privado, a previsibilidade regulatória e a estabilidade institucional diante desse cenário.

A confederação afirmou que, ao tentar recuperar a economia brasileira, atrair investimentos, abrir mercados e gerar empregos, a política nacional persiste em torno de uma pauta estéril, paralisante, marcada por radicalismos ideológicos e antinacionais.

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Para a CNN, a reação à tarifação evidenciou essa situação, considerando a carta de Donald Trump ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como “um gesto simbólico, porém que ressoou nas instituições brasileiras e gerou novo ruído na imagem do país no exterior”.

Na última quarta-feira (9), Trump publicou em suas redes sociais o documento direcionado a Lula, no qual anuncia a elevação da alíquota sobre as importações do Brasil. O texto inicia com uma defesa ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e atribui a taxação à postura do Judiciário e do Executivo brasileiros sobre o último mandatário e as grandes empresas de tecnologia.

Governo e STF consideram essas questões como inegociáveis e defenderam a soberania do país, recusando qualquer interferência dos Estados Unidos nos seus assuntos.

O Brasil, que deveria estar consolidando sua posição como fornecedor estratégico de alimentos, energia limpa e minerais críticos, retorna às manchetes internacionais não por suas oportunidades, mas por suas “crises políticas pessoais” internas, afirma a CNA, que atribui responsabilidade da crise aos Três Poderes.

O Congresso Nacional, sob pressão de suas alas políticas, desperdiça tempo em disputas e manobras com pouca relação com os interesses econômicos do país. O Judiciário, por sua vez, também tem se envolvido em um protagonismo institucional que, embora frequentemente necessário, fomenta uma instabilidade contínua. O governo em exercício também é bastante culpado, pois, em vez de assumir a liderança de uma agenda pragmática e pacificação, optou por reabrir questões políticas, intensificando antagonismos e, por vezes, tratando opositores como inimigos.

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Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.