CDHU demite servidor preso por suspeita de ataques a ônibus em SP

Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, admitiu ter cometido os atos de vandalismo utilizando o veículo oficial do órgão público, um Virtus Branco alugado.

24/07/2025 19:33

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CDHU demite servidor preso por suspeita de ataques a ônibus em SP
(Imagem de reprodução da internet).

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) informou, em nota divulgada nesta quinta-feira (24), que o servidor apontado pela polícia como um dos responsáveis pelos ataques a ônibus em São Paulo foi demitido. Edson Aparecido Campolongo, 68 anos, atuava como motorista da chefia de gabinete da CDHU e foi preso preventivamente na terça-feira (23).

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Ao tomar conhecimento da situação, o secretário enviou ofício ao CDHU solicitando que fossem tomadas as devidas providências. Advogados da empresa acompanharam o registro policial para coletar os elementos necessários para a abertura da sindicância. Com o acompanhamento dos trabalhos policiais, com o indiciamento do acusado e a consequente conversão de prisão preventiva pela Justiça, foi formalizada a demissão.

O servidor público admitiu ter cometido os atos de vandalismo utilizando o automóvel oficial da instituição, um Virtus Branco alugado. O veículo da CDHU foi registrado em vídeo próximo a várias ocorrências criminosas, conforme relatado pelos investigadores.

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A investigação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo do Campo revelou que o automóvel conduzido pelo suspeito frequentemente se encontrava próximo aos atos ocorridos. O veículo era utilizado para o transporte do chefe de Gabinete do órgão estadual. A identificação foi realizada com base nas imagens, nos horários e nos locais de circulação do automóvel.

De acordo com a polícia, Campolongo admitiu ter causado danos em 16 carros apenas no dia 17 de julho, além de ter vandalizado um ônibus na Avenida Jorge João Saad, em Morumbi, no dia 15.

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Em depoimento à polícia, Edson alegou ter cometido os ataques por querer “consertar o Brasil”. De acordo com a polícia, não foram encontrados indícios de relações com lideranças políticas, sindicais ou com facções criminosas.

A SSP informa que, com Campolongo, foram apreendidos um estilingue e pequenas esferas de metal, utilizados nos ataques. Seu irmão, Sergio Campolongo, também suspeito de participar dos atos de vandalismo, foi preso nesta quarta-feira, após se entregar à polícia. Ele já tinha a prisão preventiva decretada.

Até o presente momento, as investigações indicam que ele não tinha como alvo empresas específicas e que os ataques eram aleatórios. As ações dos irmãos se concentraram nas cidades de São Bernardo do Campo e também na cidade de Osasco, ambas na região metropolitana de São Paulo. A polícia ainda não atribui aos irmãos a totalidade dos ataques, que já passam de 500, somente na capital.

A detenção dos suspeitos não interrompe outras linhas de investigação, segundo a avaliação dos investigadores. Dentre as principais hipóteses, persistem as disputas entre empresas insatisfeitas com alterações em contratos de transporte coletivo na capital, o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) e os desafios propostos na internet.

Com informações do Estadão Contigo

Publicado por Nótaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.