Caso Oruam: compreenda a acusação contra o rapper e sua ligação com o Comando Vermelho

A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou a prisão preventiva, pedido que foi atendido pelo judiciário.

22/07/2025 19:07

3 min de leitura

Caso Oruam: compreenda a acusação contra o rapper e sua ligação com o Comando Vermelho
(Imagem de reprodução da internet).

O artista de trap Oruam, com 23 anos, foi indiciado por associação ao tráfico de drogas e à Comando Vermelha na terça-feira (22). O cantor está no centro de uma investigação da PCRJ (Polícia Civil do Rio de Janeiro), que solicitou a prisão preventiva. A justiça carioca já deferiu o pedido.

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Oruam: Relembre polêmicas envolvendo o rapper

A PCRJ solicitou a prisão preventiva de Oruam, pedido que foi atendido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em concordância com o pedido da polícia. A execução do mandado, contudo, não ocorreu até o início da tarde da terça-feira (22).

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Filho de Mário dos Santos Nepomuceno, também conhecido como Marcinho VP, que é apontado como líder da organização criminosa Comando Vermelho (CV) e está preso desde 1996, Oruam costuma tratar do tema da liberdade do pai em suas apresentações, como aconteceu no Lollapalooza 2024.

Conheça Marcinho VP, pai de Oruam e líder do Comando Vermelho.

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Acusações

O caso Oruam apresenta uma trama intrincada que envolve arte, política e questões de segurança pública, evidenciando o conflito entre a liberdade de expressão artística e a responsabilização por conteúdos considerados inadequados.

Conheça o rapper Oruam.

Além das propostas de lei, Oruam enfrenta acusações diretas. Foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por promover sites de apostas ilegais, e existem pedidos para que a Polícia Federal e a Receita Federal investiguem crimes como lavagem de dinheiro e evasão fiscal.

Rapper Oruam foi preso em blitz no Rio de Janeiro.

Em fevereiro deste ano, a DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) executou duas buscas e apreensões nos locais do artista.

O rapper também foi preso em flagrante por manter um foragido da Justiça em sua residência, que era procurado por envolvimento com organização criminosa, apesar de negar envolvimento.

Exposição e reação política

Essa apresentação resultou na criação dos chamados “projetos Anti-Oruam”. A vereadora de São Paulo, Amanda Vettorazzo (União Brasil), protocolou uma proposta para impedir que a Prefeitura de São Paulo contrate artistas que façam apologia ao crime organizado e ao uso de drogas em shows, citando explicitamente Oruam como exemplo.

Uma iniciativa semelhante foi proposta na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), visando evitar que o Governo Federal contrate artistas que promovam tais práticas, com a aplicação de multa de 100% do valor do contrato e declaração de inidoneidade. O Rio de Janeiro também acompanhou essa movimentação, com um projeto similar em tramitação na Câmara Municipal, justificando-se a medida pela proteção de crianças e adolescentes.

Oruam desembarca em ônibus no RJ; assista ao vídeo.

Oruam sustenta que as leis buscam “criminalizar o funk, o rap e o trap” e atingir outros artistas da cena. Sua reação às propostas, incluindo ameaças da vereadora Vettorazzo, resultou em um boletim de ocorrência. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, declarou que artistas que fizerem apologia ao crime não serão aceitos em editais municipais da capital paulista.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.