Casal do Rio Grande do Norte transforma presente em negócio milionário
A fundação da Seu Boné, por Igor Freire e Tuanne Mariz, empresa com sede em Natal e reconhecida nacionalmente na produção de bonés personalizados para o mercado corporativo, demandou planejamento, divisão de tarefas e comunicação eficaz. O início da trajetória do casal foi singular: com um presente de…

O empreendimento em conjunto demanda planejamento, divisão de tarefas bem definida e comunicação eficaz. Igor Freire e Tuanne Mariz criaram a Seu Boné, empresa localizada em Natal e atualmente reconhecida nacionalmente na fabricação de bonés personalizados para o setor corporativo. A história do casal teve início de maneira singular: a partir de um presente de casamento que se desenvolveu em conceito de negócio.
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Em 2016, no casamento de Igor e Tuanne, os convidados receberam chaveiros personalizados como lembrança. “Para minha surpresa, eles adoraram os chaveiros e usaram durante o casamento e no verão. Ali a semente foi plantada”, conta Igor, que na época era engenheiro civil de uma multinacional de petróleo e morava em Macaé (RJ).
A vontade de retornar ao Rio Grande do Norte impulsionou a transformação da vida. Com um investimento inicial de R$ 5 mil, produção terceirizada e vendas realizadas pelo Instagram, o casal criou a Seu Boné. A marca expandiu-se rapidamente. Atualmente, já foram fabricados mais de 5 milhões de bonés, atenderam-se 50 mil clientes e alcançou-se um faturamento de R$ 30 milhões.
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Não são todas as situações favoráveis quando o casal também é sócio. “Separar os sentimentos pessoais das questões profissionais é o principal desafio”, reconhece Igor. “Contudo, é muito positivo saber que a pessoa que você ama está lutando ao seu lado pela mesma meta. Quando isso acontece, você tem o melhor parceiro possível”, declara.
Na empresa, Igor desempenha o papel de CEO e se dedica à estratégia do negócio, enquanto Tuanne atua na execução do dia a dia. Ele afirma que manter essa divisão de funções clara é essencial para o bom funcionamento da empresa e do relacionamento. “Tentamos deixar bem separado: trabalho no trabalho e, em casa, focar na vida pessoal. Claro que não é 100% possível, mas buscamos o equilíbrio”, ressalta.
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A separação, segundo especialistas, é fundamental. É o que defende Stéfano Antunes, CEO do Grupo Scopo, que realiza consultoria em gestão de pessoas e processos e atende à Seu Boné. De acordo com ele, casais empreendedores precisam, antes de tudo, ter clareza de papéis.
É praticamente inviável dissociar completamente o aspecto pessoal do profissional, porém, quanto mais claro for o papel de cada um, menor a probabilidade de conflitos, afirma. Uma relação consolidada promove maior facilidade na comunicação e fortalece a organização.
Stéffano destaca que a convergência de objetivos é o principal diferencial de casais que atuam em conjunto. “Quando ambos estão comprometidos com os resultados, os esforços se amplificam. No entanto, quando há conflitos não resolvidos, isso pode afetar o relacionamento e a cultura da empresa”.
Apesar da relação do casal, Igor reconhece que as decisões estratégicas não são sempre tomadas em conjunto. “O processo de decisão funciona… geralmente eu convenço a seguir o que eu penso”, brinca.
Para casais que buscam empreender em conjunto, o diretor-executivo do Grupo Scopo, Stéfano Antunes, sugere: definir papéis com precisão; assegurar a comunicação transparente e ponderada; estabelecer fronteiras entre a esfera profissional e a pessoal; desenvolver objetivos e procedimentos que auxiliem nas decisões; e considerar o interesse da empresa – a “pessoa jurídica” deve prevalecer sobre os números de identificação individual dos envolvidos.
Fonte por: Tribuna do Norte
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.