Superintendente do São Paulo, Carlomagno, nega benefício financeiro na cessão do camarote 3A. Investigações sobre possível venda irregular durante show da cantora Shakira
O superintendente geral do São Paulo Futebol Clube, Carlomagno, em declarações recentes, esclareceu que o clube não obteve nenhum benefício financeiro com a cessão do camarote 3A no Morumbi. Ele negou ter autorizado o uso comercial do espaço, que foi alvo de investigações relacionadas a uma possível venda irregular durante um show da cantora Shakira no estádio.
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As declarações foram feitas em uma entrevista ao programa Poder360. Carlomagno explicou que o camarote foi cedido institucionalmente à Diretoria Feminina do clube, com a justificativa de hospitalidade e para o desenvolvimento de projetos sociais. Ele enfatizou que o objetivo não era de cunho comercial, mas sim oferecer um espaço para receber parceiros que pudessem contribuir para as iniciativas da diretoria feminina.
O superintendente afirmou ter tomado conhecimento da comercialização do camarote apenas no dia do show, quando um patrocinador adquiriu o espaço por meio de outra agência. Ele ressaltou que o camarote não possui valor econômico relevante, pois não oferece visão do palco ou do gramado, e já havia sido utilizado anteriormente para ações institucionais e de hospitalidade.
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Após o episódio, o clube decidiu restringir totalmente o uso do camarote 3A para eventos futuros. Carlomagno solicitou a instauração de uma sindicância interna e externa, conduzida pelos setores Compliance e Jurídico, e uma auditoria independente para apurar os fatos.
Todos os envolvidos, incluindo ele próprio, serão ouvidos, e o relatório final indicará eventuais responsabilidades e possíveis punições nas esferas política, ética ou trabalhista.
Os dois dirigentes mencionados na gravação pediram afastamento de seus cargos, enquanto a sindicância segue em andamento. Carlomagno afirmou que permanecerá no cargo por ser funcionário de carreira do clube e disse que pedirá licença caso surja qualquer evidência direta contra ele. “Quem tiver responsabilidade vai responder dentro da sua esfera.
E vamos continuar trabalhando para que seja tudo esclarecido”, concluiu.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.