A Primeira Instância de Roma recusou na quarta-feira, 27, o pedido da defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para cancelar ou substituir a prisão preventiva determinada no processo de extradição para o Brasil. A parlamentar está detida na capital italiana desde julho, sendo alvo de um mandado emitido pelo Supremo Tribunal Federal após condenação a 10 anos de prisão e multa de 2 milhões de reais por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça.
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De acordo com os juízes italianos, existe um risco concreto e elevado de fuga, devido ao fato de Zambelli ter deixado o Brasil logo após a condenação e se deslocado para Miami antes de se estabelecer na Itália, onde não possui vínculos. O tribunal também considerou declarações públicas da deputada, entendidas como indícios de intenção de escapar da Justiça.
É inquestionável, na visão deste colegiado, que a conduta descrita, em conjunto com os demais elementos indicados, longe de poder ser considerada insignificante ou irrelevante, constitui elemento específico, concreto e determinante […], para reconhecer, no mais alto grau, a existência do já verificado perigo de fuga que fundamenta a medida cautelar.
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A acusação sustentou que Zambelli não possuía condições físicas e psicológicas para permanecer sob custódia, apontando diagnósticos de síndrome de Ehlers-Danlos, transtorno depressivo e problemas cardíacos. Entretanto, um laudo pericial apresentado à Corte concluiu que seu estado clínico está sob controle e não impede a manutenção da prisão, visto que a penitenciária dispõe de acompanhamento médico adequado.
Zambelli permanecerá detida em Roma, durante a tramitação do processo de extradição, cuja conclusão não possui prazo definido pela Justiça italiana.
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Fonte por: Carta Capital