Câncer de pele: explore 12 mitos e fatos sobre essa forma de tumor

O câncer de pele não melanoma é a neoplasia mais comum no Brasil e no mundo, representando 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no país, conf…

17/09/2025 16:30

8 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais comum no Brasil e no mundo. Distinguem-se dois tipos principais: o melanoma, originário das células produtoras de melanina, mais frequente em adultos brancos, conforme o Ministério da Saúde; e o não melanoma, que representa o tipo mais comum no Brasil, respondendo por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país, conforme a pasta.

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Existem também subtipos de câncer de pele não melanoma, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular (menos agressivo, com lesão, ferida ou nódulo e evolução lenta) e o carcinoma epidermoide (originado de uma ferida ou cicatriz, principalmente devido a queimaduras; a maior gravidade reside na possibilidade de metástase, ou seja, de se propagar para outros órgãos).

Devido à sua alta incidência no Brasil, é fundamental conhecer os sinais precoces, sintomas, medidas preventivas e exames que auxiliam na detecção do tumor. A CNN apresenta, a seguir, 12 mitos e verdades sobre a doença, respondidas por especialistas.

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Apenas quem se expõe excessivamente ao sol pode desenvolver câncer de pele.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) aponta que a exposição solar excessiva, principalmente nos horários de pico entre 10h e 16h, é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Contudo, essa não é a única causa potencial para o tumor.

A organização informa que qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, sem considerar o nível de exposição solar. Em certos casos, o paciente pode apresentar mutação genética relacionada a uma síndrome que aumenta a predisposição para a doença, como o melanoma familiar.

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Assim, conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia e Angiologia, familiares de pacientes com a doença, principalmente os de primeiro grau, necessitam realizar exames preventivos periodicamente.

O uso de protetor solar ajuda a prevenir o câncer de pele.

O uso de protetor solar é uma medida preventiva importante, devido à exposição solar excessiva ser um dos principais riscos para o câncer de pele, ao reduzir os danos provocados pelos raios ultravioleta (UV) e evitar alterações celulares que podem resultar na doença.

Além do protetor solar, é essencial complementar a proteção com outras medidas, como o uso de roupas com proteção UV, chapéus e óculos escuros, mas é importante lembrar que nenhuma ação individual substitui os cuidados regulares com a pele, afirma Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O câncer de pele geralmente se manifesta em indivíduos com pele clara.

O câncer de pele pode atingir indivíduos de todas as etnias, apesar de pessoas com pele clara, olhos claros e cabelos ruivos ou loiros apresentarem maior risco, conforme a SBCO.

No Brasil, devido à sua vasta diversidade étnica, o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele, pode ser diagnosticado em qualquer tom de pele, ainda que seja mais frequente em indivíduos com pele clara. Pessoas negras apresentam menor risco de desenvolver a doença, mas, quando ela ocorre – particularmente nas extremidades das mãos, na região plantar e sob as unhas –, o prognóstico geralmente é mais desfavorável, segundo a entidade.

O câncer de pele é uma doença que afeta predominantemente idosos e não atinge jovens.

O câncer de pele apresenta maior ocorrência com o envelhecimento, em razão da exposição solar acumulada. Contudo, o melanoma tem sido detectado com maior frequência em jovens adultos, notadamente entre indivíduos que realizam atividades ao ar livre sem proteção adequada ao longo dos anos.

Segundo especialistas do Oswaldo Cruz, o melanoma pode surgir em crianças e jovens, principalmente em razão de fatores genéticos ou exposição solar intensa e sem proteção.

A exposição solar na infância eleva o risco de desenvolvimento de câncer de pele na idade adulta.

A verdade é que os danos provocados pela radiação ultravioleta são acumulativos e queimaduras solares intensas na infância ou adolescência elevam consideravelmente o risco de desenvolver câncer de pele ao longo da vida, conforme aponta um especialista do Oswaldo Cruz.

Os sinais do câncer de pele são sempre aparentes.

No início, o câncer de pele pode ser indetectável, sem causar prurido, dor ou alterações visíveis. O melanoma, por exemplo, pode surgir em regiões do corpo pouco expostas ao sol, como as palmas das mãos, plantas dos pés ou nas mucosas.

Desta forma, a identificação antecipada é crucial, o que torna as consultas periódicas com um dermatologista indispensáveis.

O autoexame é uma das principais estratégias de prevenção ao melanoma. Para isso, Montanheiro recomenda a adoção da regra ABCDE, para analisar as pintas do corpo, que auxilia na identificação de lesões suspeitas.

  • (Assimetria): manchas com formatos diversos.
  • (Bordas): manchas com bordas irregulares ou mal definidas.
  • C (Cor): modificações ou diversas cores em uma única pintura.
  • Diâmetro: lesões maiores que 5 milímetros.
  • (Evolução): alterações no tamanho, formato ou cor das manchas.

Em caso de dúvidas sobre qualquer pinta ou mancha, é recomendável consultar um dermatologista. Essa avaliação pode ser crucial.

Pessoas negras não são suscetíveis ao desenvolvimento de câncer de pele.

Apesar da melanina proporcionar uma proteção extra contra os raios UV, indivíduos negros permanecem vulneráveis, principalmente em regiões menos expostas ao sol, como as palmas das mãos e plantas dos pés, conforme apontam estudos do Instituto Oswaldo Cruz.

O melanoma é sempre um câncer de pele escuro.

Há diferentes tipos de melanoma, como o amelanótico, que não exibe pigmentação escura. Essas lesões podem ser confundidas com outras condições benignas, dificultando o diagnóstico precoce.

Manchas vermelhas na pele podem indicar câncer.

Verdade. Lesões vermelhas que coçam, descamam ou sangram podem indicar carcinoma espinocelular ou outros tipos de câncer de pele. É importante procurar um dermatologista para avaliação.

A identificação inicial do câncer de pele é realizada exclusivamente por meio de biópsia.

A biópsia é relevante para confirmar o diagnóstico, contudo, o câncer de pele pode ser identificado precocemente por outros métodos, como a dermatoscopia, uma técnica de avaliação da pele não invasiva, conforme a SBCO. Essa análise permite ao dermatologista observar as estruturas da pele com maior precisão, auxiliando no diagnóstico inicial.

A dor não indica a presença de câncer de pele.

A dor não é um sintoma frequente do câncer de pele, particularmente em casos de melanomas iniciais. O câncer de pele pode progredir sem dor, prurido ou outros sinais. A Sociedade Brasileira de Clínica Dermatológica (SBCO) alerta que alterações na aparência da pele, como manchas novas ou modificações em pintas, são sinais mais comuns.

O câncer de pele é facilmente tratado e não requer acompanhamento contínuo.

Quanto antes o diagnóstico seja realizado, mais favorável tende a ser o prognóstico, elevando as probabilidades de cura. Em casos que não se tratam de melanoma, a remoção da lesão tumoral geralmente é um procedimento simples.

Em casos de não melanoma, a remoção do tumor geralmente é simples, consistindo na eliminação da lesão cancerígena por meio de uma pequena cirurgia ou procedimento como a curetagem. Para melanomas, o tratamento varia conforme a progressão da doença, podendo envolver a combinação de quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

A Sociedade Brasileira de Clínica Oculoplástica e Estética (SBCO) orienta que, mesmo após o tratamento, é imprescindível o acompanhamento regular com um dermatologista para monitorar eventuais recorrências.

Identifique os diversos tipos de câncer de pele

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.