A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) não participou do 1º encontro que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) organizou com representantes do setor agrícola. Na terça-feira (15 de julho), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), recebeu representantes do agronegócio.
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O Poder360 constatou que o governo convidou a Confederação Nacional do Agronegócio para discutir as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos à exportação de produtos brasileiros. Alckmin reiterou o convite à CNA após a reunião com empresários do setor agrícola.
Na terça-feira (15 de julho), a Confederação divulgou uma declaração contundente em que alega que a economia do país encontra-se “à margem de uma agenda política sequestrada”. A íntegra (PDF – 369 kB) está disponível.
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A política nacional persiste em debater uma questão inerte, paralisante, caracterizada por radicais ideológicos e antinacionais, segundo o texto. O Brasil volta a aparecer nas manchetes internacionais devido às suas “crises políticas pessoais internas” e o país é governado por uma “obssessão com o passado”.
Há menção a uma instabilidade entre os Três Poderes, mas o foco é o governo Lula. Também há a defesa de reformas estruturais.
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O governo em exercício é excessivamente culpado também. Em vez de liderar uma agenda pragmática e pacífica, optou por reabrir disputas políticas, intensificando antagonismos e frequentemente tratando opositores como inimigos. Essa decisão acarreta custos. A confiança empresarial, a previsibilidade regulatória e a estabilidade institucional, elementos essenciais para uma economia saudável, são comprometidas quando o próprio governo se envolve em práticas de retaliação. O setor econômico acompanha com apreensão. O Brasil necessita de concentração.
O Poder360 contatou a CNA para obter informações sobre o motivo de sua ausência à reunião com o governo Lula, porém não houve resposta até o encerramento desta reportagem. A empresa permanece à disposição para se manifestar.
Fonte por: Poder 360