O Senado dos EUA permitiu, na quinta-feira (11), que o conselheiro econômico do presidente Donald Trump, Stephen Miran, se sentasse à mesa de definição de políticas do Federal Reserve, a tempo de votar sobre a política de taxas de juros na próxima semana.
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A próxima etapa para a confirmação de Miran, uma votação no plenário do Senado, foi agendada para segunda-feira (15) à noite, conforme a agenda do Senado estabelecida pelos líderes republicanos.
Os parlamentares conduziram-se a iniciar uma votação processual que, após ser aprovada, possibilitaria a confirmação de Miran pelo corpo majoritariamente conservador.
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Isso criaria uma margem limitada para que ele finalizasse as etapas pendentes, como a documentação e a transferência de propriedade, antes que o Fed realize uma reunião no dia 16, às 12h.
Diante do mercado de trabalho apresentando sinais de fragilidade, antecipa-se que o banco central realize um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros em uma reunião a ser realizada na quarta-feira (17).
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Não é raro que um governador do Fed assuma o cargo sem prévia. Dezessete anos antes, quando a crise financeira mundial se intensificava, Betsy Duke ocupou o Conselho do Fed com meia hora restante para a cúpula do Fed em 8 de agosto de 2008.
A sessão legislativa aprovou Miran no final de junho.
Nenhum governador do Fed, nos últimos anos, assumiu o cargo com menos de quatro dias após a aprovação do Senado.
Um cronograma acelerado evidencia a pressa com que Trump busca exercer controle sobre o banco central, que manteve as taxas inalteradas ao longo do ano por conta da preocupação de que tarifas pudessem reativar a inflação.
A recente vulnerabilidade do mercado de trabalho levou diversos formuladores de políticas do Fed, incluindo o presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, a defender um ajuste cauteloso nas taxas.
Miran, que se desligará temporariamente de seu cargo na Casa Branca, poderá votar contra na próxima votação para demonstrar seu apoio ao corte mais significativo que Trump pretende, afirmam analistas.
O Brasil ocupa a segunda posição entre os países com as maiores taxas de juros reais, impulsionadas pelo aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil