Câmara dos Representantes dos EUA aprova liberação de arquivos de Jeffrey Epstein com polêmica

Câmara dos Representantes dos EUA aprova liberação de arquivos de Jeffrey Epstein

Na terça-feira (18), a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que exige que o Departamento de Justiça torne públicos todos os documentos relacionados ao falecido criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein. O único parlamentar a se opor ao projeto de lei bipartidário foi o deputado republicano Clay Higgins, da Louisiana.

Higgins justificou sua oposição, afirmando que a proposta foi elaborada de maneira a prejudicar pessoas inocentes. Ele declarou: “Abandona 250 anos de procedimentos de justiça criminal na América. Da forma como está redigido, este projeto de lei expõe e prejudica milhares de pessoas inocentes – testemunhas, pessoas que forneceram álibis, familiares, etc.”

Divisão entre os parlamentares

Embora outros republicanos, incluindo o presidente da Câmara, Mike Johnson, tenham expressado preocupações semelhantes, a decisão de Higgins de votar contra o projeto destacou uma divergência significativa em relação ao restante da Câmara. O líder republicano no Senado, John Thune, manifestou a expectativa de que o Senado analise a medida rapidamente, possivelmente ainda na mesma terça-feira.

Higgins, que faz parte do Comitê de Supervisão da Câmara, enfatizou a importância de uma investigação detalhada sobre Epstein. Ele afirmou que apoiaria o projeto apenas se o Senado fizesse emendas que garantissem a privacidade das vítimas e de outros cidadãos mencionados, mas que não estão envolvidos criminalmente.

Expectativas sobre emendas e apoio

Thune, no entanto, sugeriu que o Senado provavelmente não fará alterações no projeto. Ele comentou: “Quando um projeto de lei é aprovado na Câmara por 427 votos a 1, e o presidente diz que vai assiná-lo, não tenho certeza se emendá-lo está nos planos.”

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Higgins também se manifestou sobre sua intenção de votar contra o projeto, mesmo com a posição de Trump em relação a Epstein. Ele ressaltou que a questão não se trata da Casa Branca, mas sim da defesa de procedimentos de justiça criminal que, segundo ele, não estão sendo respeitados pelo projeto em questão.