Câmara dos Deputados conclui votação da reforma tributária e aguarda sanção presidencial

Câmara dos Deputados conclui votação da regulamentação da reforma tributária, definindo regras do IBS e novas alíquotas. Texto aguarda sanção presidencial.

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(Imagem de reprodução da internet).

Câmara dos Deputados finaliza votação da regulamentação da reforma tributária

A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta terça-feira (16) a votação do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, que aborda a gestão e fiscalização do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). O texto agora aguarda sanção presidencial.

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O texto-base da proposta já havia sido aprovado pelos parlamentares no dia anterior.

Nesta terça, foram votados os destaques, que são as alterações sugeridas pelos deputados. Duas emendas foram aprovadas. A primeira determina que os ministérios da Fazenda e da Saúde definirão quais medicamentos serão isentos do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual, que será implementado com a reforma.

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O governo deverá estabelecer seis áreas e linhas de cuidado para que esses medicamentos tenham alíquota zero automaticamente.

Alterações e rejeições na votação

A segunda emenda aprovada altera o aumento previsto na primeira lei complementar sobre os tributos da reforma tributária. Após a aprovação inicial, a Câmara decidiu retomar a proposta inserida pelo Senado, que estabelece uma alíquota de 5%.

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Os deputados também rejeitaram uma emenda do PL (Partido Liberal) que buscava restabelecer um limite de 2% para a alíquota do IS (Imposto Seletivo) sobre bebidas açucaradas. Esse imposto, conhecido como “Imposto do Pecado”, substituirá o atual IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, visando desestimular seu consumo.

Transição e novos tributos

A transição da reforma tributária terá início em 2026 e se estenderá até 2030. Durante esse período, os impostos atuais serão gradualmente reduzidos e substituídos pelos novos. A proposta busca garantir que a reforma seja neutra, sem aumentar ou diminuir a carga tributária vigente.

As alíquotas dos novos impostos ainda não estão definidas, sendo apenas estimadas.

O IS deverá ser regulamentado por lei ordinária no futuro. A Câmara também rejeitou um destaque do PL sobre a importação de direitos desportivos de atletas, estabelecendo que a receita pela venda do jogador será incluída na base de cálculo da cobrança.

Detalhes da regulamentação

A proposta finaliza a reforma tributária ao detalhar as regras de funcionamento dos novos tributos: o IBS, que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, e a CBS, que substituirá os federais PIS e Cofins. O texto institui o Comitê Gestor do IBS, responsável pela administração do imposto compartilhado entre União, estados e municípios.

Outros pontos abordados no projeto incluem a regulamentação dos créditos acumulados de ICMS, a inclusão do ITCMD sobre previdência privada, e o sistema de split payment, que visa combater a sonegação. O projeto também prevê a criação da Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo do IBS e da CBS.

Novas normas e isenções

Além disso, foram estabelecidas normas gerais para o ITBI, permitindo que municípios exijam a antecipação opcional do pagamento. O regime de nanoempreendedor foi estendido para incluir taxistas, mototaxistas e caminhoneiros autônomos, oferecendo isenção de IBS/CBS para faturamento anual de até R$ 162 mil.

Outra mudança importante é a antecipação da tributação da nafta, que agora será cobrada na importação, evitando fraudes e aumentando a arrecadação dos estados. O projeto também regulamenta a Contribuição para Iluminação Pública, permitindo que os municípios a utilizem para financiar sistemas de monitoramento e segurança urbana.

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.

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