Câmara de Comércio dos EUA considera “precedente alarmante” a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros e defende a retomada das negociações

A organização emitiu um comunicado conjunto com a Câmara Americana de Comércio no Brasil.

15/07/2025 15:49

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Câmara de Comércio dos EUA considera “precedente alarmante” a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros e defende a retomada das negociações
(Imagem de reprodução da internet).

A Câmara de Comércio dos Estados Unidos se opôs ao tarifário anunciado por Donald Trump contra o Brasil, considerando a medida um “precedente preocupante”. Em comunicado conjunto com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a organização solicitou a realização de negociações entre os governos.

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A demonstração é evidente. A Câmara de Comércio é a principal organização de defesa de interesses nos EUA, onde essa prática é controlada. A entidade se define como “a maior organização empresarial do mundo”.

As tarifas propostas, de 50%, afetariam produtos essenciais nas cadeias de abastecimento e para os consumidores, elevando custos internos e diminuindo a competitividade de setores cruciais para os Estados Unidos, conforme o texto publicado nesta terça-feira, 15.

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A nota conjunta recorda que os Estados Unidos alocam 60 bilhões de dólares (330 bilhões de reais) em produtos e serviços para o Brasil anualmente e que as novas tarifas, caso sejam implementadas em 1º de agosto, podem comprometer essa situação.

Leia a íntegra do texto:

Câmara de Comércio dos EUA e Amcham Brasil solicitam negociações entre EUA e Brasil.

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A Câmara de Comércio dos Estados Unidos e a Amcham Brasil solicitam que os governos dos EUA e do Brasil comecem negociações de alto nível para evitar a aplicação de tarifas prejudiciais. A instituição das medidas anunciadas em resposta a tensões políticas mais amplas pode gerar danos reais a uma das mais importantes relações econômicas dos Estados Unidos, estabelecendo um precedente preocupante. As tarifas propostas, de 50%, afetariam produtos essenciais para as cadeias de abastecimento e os consumidores, elevando custos internos e diminuindo a competitividade de setores fundamentais para os EUA.

Mais de 6.500 pequenas empresas nos EUA dependem de produtos importados do Brasil; 3.900 empresas americanas investem no País. O Brasil é um dos 10 maiores mercados para exportações dos EUA, com cerca de 60 bilhões de dólares em bens e serviços dos Estados Unidos enviados anualmente.

Uma relação comercial estável e produtiva entre as duas maiores economias do hemisfério proporciona benefícios aos consumidores, assegura empregos e prosperidade mútua. O Comércio Americano e a Amcham Brasil estão prontos para apoiar os esforços que levem a uma solução negociada, pragmática e construtiva, que evite uma escalada e garanta a continuidade de um comércio benéfico para ambos os lados.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.