Câmara aprova isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil

O relator, deputado Arthur Lira (PP-AL), defendeu a manutenção da tributação sobre os mais ricos e sugeriu ampliar a base de isenção parcial; a proposta…

16/07/2025 13:01

3 min de leitura

Câmara aprova isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil
(Imagem de reprodução da internet).

A comissão especial que avaliou o aumento da isenção do IR (Imposto de Renda) aprovou, nesta quarta-feira (16), o relatório final do deputado Arthur Lira (PP-AL). O projeto, proposto pelo governo federal, concede isenção para contribuintes com renda mensal de até R$ 5.000.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com a aprovação, o texto poderá prosseguir para a análise do plenário. A votação, contudo, só deve ocorrer após o recesso parlamentar, a partir de agosto.

O projeto é a maior prioridade do governo neste ano e é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na semana passada, por entendimento, o projeto teve pedido de vista na comissão.

Leia também:

Lira manteve a taxação de altas rendas até 10% e expandiu os contribuintes com direito à isenção parcial, incluindo aqueles que recebem até R$ 7.350 por mês. O texto original previa a isenção parcial para quem recebe até R$ 7.000 mensal. Essa elevação beneficiará cerca de meio milhão de contribuintes, segundo o relator.

Lira declarou que seu relatório buscou a “neutralidade fiscal”. Ele afirma que, ao tributar altos rendimentos, haverá um excedente de arrecadação e, por isso, optou por aumentar a base de isenção.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Distribuição de lucros provenientes das atividades de uma empresa aos seus acionistas

Na nova versão de seu parecer, divulgada nesta quarta, Lira incluiu que os lucros e dividendos distribuídos até 31 de dezembro de 2025 não serão taxados com o Imposto de Renda. A mudança, segundo o relator, buscou “regular” a questão dos estoques acumulados.

Eles não serão objeto de retenção na fonte ou da nova tributação mínima se houve decisão por sua distribuição até o final deste ano, mesmo que a distribuição ocorra posteriormente, desde que mantidos os termos da deliberação pela distribuição até esta data.

A proposta determina uma base de cálculo mínima para rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais, correspondendo a R$ 600 mil anualmente (incluindo dividendos). A tributação dos indivíduos com alta renda atingiria 10% para ganhos que ultrapassem R$ 1,2 milhão por ano.

Não haverá incidência mínima sobre dividendos enviados ao exterior quando se tratar de remessas para governos estrangeiros, desde que exista reciprocidade de tratamento; fundos soberanos; e entidades no exterior que possam como atividade principal a administração de benefícios previdenciários.

A definição de dividendos – rendimentos que atualmente são isentos do IR – foi incorporada no projeto original do governo como uma compensação financeira pelo aumento da faixa de isenção.

Apesar das alterações, Lira destacou que a tributação sobre dividendos encontra resistência no Congresso e entre os setores econômicos. “Não importa a tributação que se pretenda introduzir sobre lucros e dividendos, a resistência será sempre a mesma”, declarou.

O Partido Liberal, em oposição ao governo, propôs a exclusão da taxação de altas rendas, porém a proposta foi rejeitada por 25 votos contra 5 na comissão.

Estados e municípios

Outro item incorporado destina uma parcela da arrecadação adicional do Imposto de Renda para compensar perdas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, como forma de compensação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), novo imposto implementado pela reforma tributária. “Se houver aumento da arrecadação, será destinado à CBS”, declarou Lira.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.