O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, apresentou nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, uma visão otimista sobre o futuro do mercado imobiliário brasileiro. Ele acredita que a securitização de créditos e a venda de ativos imobiliários representam uma transformação fundamental para o setor.

Durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, em São Paulo, Vieira enfatizou que essa nova abordagem trará benefícios tanto para investidores quanto para o próprio mercado.

Vieira destacou que o modelo de securitização oferece aos investidores a garantia de retorno em renda fixa, ao mesmo tempo em que impulsiona o crescimento do mercado imobiliário. Ele classificou as mudanças no sistema de financiamento habitacional, propostas pelo Banco Central, como “mudanças estruturais importantíssimas” para o setor.

A iniciativa contou com a participação do Banco Central e de outras instituições financeiras. O executivo ressaltou que a medida inovadora, com o apoio dos bancos, foi construída com um período de transição para garantir sua consolidação.

Vieira estima que, após um período de transição em 2026, o mercado imobiliário se estabelecerá a partir de 2027. A Caixa já mobilizou recursos significativos para essa iniciativa, destinando R$ 38 bilhões nos próximos 12 meses.

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Resultados Financeiros do Terceiro Trimestre

No terceiro trimestre de 2025, a Caixa apresentou resultados positivos. A margem financeira totalizou R$ 16,523 bilhões, representando um crescimento de 1,0% em relação ao trimestre anterior e 14,0% em relação ao mesmo período de 2024.

A carteira de crédito atingiu R$ 1,334 trilhão, com expansão de 3,1% no trimestre e 10,3% em 12 meses. O lucro alcançou R$ 3,764 bilhões, superior aos resultados do trimestre anterior e do segundo trimestre de 2025.

Durante a apresentação, o presidente comentou o desempenho do banco, reconhecendo os desafios do período, mas também as conquistas alcançadas. Ele ressaltou o crescimento constante e consistente das carteiras de crédito, destacando que um crescimento anual de quase 10% é um resultado significativo.

O vice-presidente financeiro da Caixa, Marcos Brasiliano, explicou que o crescimento trimestral é sustentado pelo aumento e pela qualidade dos ativos, especialmente da carteira de crédito. Ele observou que a recuperação da margem financeira tem sido consistente.

Brasiliano acrescentou que a recuperação poderia ser mais rápida se os recursos permanecessem em tesouraria, mas que esta não é a função principal da Caixa, que é colocar o recurso na sociedade, gerando desenvolvimento e melhorando a vida das pessoas.