Cafu relembrou vivências de sua infância e juventude em Minas Gerais em entrevista à CNN Esportes S/A, realizada no domingo (31).

O ex-capitão da Seleção Brasileira relatou como foi sua infância, descrevendo as experiências vividas antes da fama, como auxiliar em atividades como entregador de autos e vendedor na rotina familiar.

O campeonato consistia em ganhar dinheiro extra na infância, parando carros em frente à casa da família.

Minha avó, meu avô e minha mãe moravam em frente ao Clube Minas Caixa, e nós íamos sempre no final do ano passar o final de ano com os nossos avós. Ali os carros paravam para ir ao clube. O pessoal deixava o carro lá, a gente ia jogar bola, voltava, os carros estavam lá ainda.

Observando a situação, eles disponibilizavam-se para administrar os automóveis, na esperança de que fossem substituídos.

Leia também:

Giorgian de Arrascaeta se pronuncia sobre derrota do Flamengo na final da Copa Intercontinental

Dembélé brilha e falha em pênalti, mas PSG vence Flamengo na Final da Copa Intercontinental

Botafogo provoca Flamengo após derrota para PSG na final da Copa Intercontinental

“Enquanto estávamos ali na porta, os carros paravam, dizíamos: ‘Quer que a gente assuma, cara?’ ‘Sim, pode assumir’. Então, os carros ficavam ali, a gente só encostava”, explicou.

O ex-lateral também relatou que frequentemente utilizava o dinheiro para adquirir picolés: “A pessoa entregava, gastava um pouco de dinheiro para que nós pudéssemos comprar picolés.”

Cafu também relatou como auxiliava o avô, que trabalhava vendendo raízes no Mercado Central de Belo Horizonte.

Meu avô era vendedor de raiz no Mercado Central, ele possuua uma banca ali e eu já o acompanhei algumas vezes para ajudar nas vendas, costumava embalar os produtos. Também participei de expedições para procurar raízes com ele na mata.

O ex-lateral reiterou que o avô era um raizeiro clássico.

Meu avô era de verdade, não usava medicamentos, tudo dele era remédio, relatou.

Modéstia e consideração.

Cafu ressaltou que essas vivências contribuíram para a construção de valores que ele manteve ao longo da sua trajetória.

Aprendi humildade e respeito. Em particular, o respeito. Tenho grande respeito pelas pessoas que estão acima de mim, pelas que são mais velhas do que eu, que são mais experientes, principalmente jogadores, alguém que construiu uma história antes da minha.

Ele enfatizou que a humildade, o respeito, a simplicidade e a dedicação ao trabalho sempre foram pilares essenciais em sua trajetória pessoal e profissional.

Ele relatou que respeitava muito essa hierarquia e aquelas pessoas que fizeram história, e que acreditava que foi seu pai e sua mãe quem o ensinaram.

O comandante do hexa detalhou como esses conceitos impactaram seu contato com a estrutura do futebol e a importância dada aos que o precederam na trajetória da Seleção Brasileira.

É fato que o Cafu só foi pentacampeão porque alguém foi tetracampeão, alguém foi tetracampeão porque alguém foi tricampeão, alguém foi tricampeão porque alguém foi bicampeão, e alguém foi bicampeão porque alguém foi campeão. Portanto, alguém começou nossa história lá em 1958, que passou para 1962, que passou para 1970, que foi 1994 e chegou até nós em 2002.

CNN Esportes S/A

Com Cafu, capitão do penta, o CNN Esportes S/A chega à 106ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.

Em destaque, os temas mais relevantes do universo do futebol, sob a ótica da economia e dos negócios.

Jovens acompanham menos futebol? Pesquisa revela.

Fonte por: CNN Brasil