Café encarece devido a tarifas americanas sobre importações brasileiras
A exclusão do café da tarifa de 50% ampliou a possibilidade de que o comércio entre o maior produtor da bebida e o maior consumidor da commodity sofra i…
O preço do café arábica aumentou nesta quinta-feira (31), devido ao contínuo otimismo dos comerciantes em relação à possível isenção dos Estados Unidos da tarifa comercial de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros.
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Na quarta-feira (30), o presidente dos EUA, Donald Trump, aplicou a tarifa de 50% ao Brasil em resposta ao que ele descreveu como “ataques injustos” contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, mantendo de fora setores importantes, incluindo energia e suco de laranja.
O café ainda não foi removido da tarifa de 50%, o que eleva a possibilidade de que o comércio entre o maior produtor de café do mundo e o maior consumidor da commodity sofra sérios danos.
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Os exportadores de café do Brasil afirmaram que prosseguirão na busca por isenções. As novas tarifas entrarão em vigor em 6 de agosto, e não na sexta-feira, conforme o planejado inicialmente.
Mais uma semana até que 50% entrem em vigor. A maioria (dos participantes do setor) ainda espera por uma exclusão geral do café. Acredita-se ser improvável, disse um trader na Europa.
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A previsão é de que os preços aumentem em curto prazo caso seja aplicada uma tarifa de 50%, gerando uma corrida por estoques e uma significativa alteração nos fluxos comerciais internacionais, uma vez que os fornecimentos serão direcionados para novos mercados.
Os Estados Unidos dependem quase que exclusivamente das importações de café, sendo que as quantidades produzidas no Havaí e em Porto Rico correspondem a menos de 1% do seu consumo total.
O Brasil responde por aproximadamente um terço das importações dos Estados Unidos.
Os contratos futuros de café arábica na ICE, considerada referência global de preços, avançavam 1,8%, a US$ 2,9875 por libra-peso, por volta das 10h30 (horário de Brasília), após registrar queda de 1% na quarta-feira.
O café robusta alcançou US$ 3.332 a tonelada métrica, com 0,1%, registrando alta de 1,7% na sessão anterior.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












