Cabral tenta se aproveitar da decisão de Toffoli favorável a Youssef

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli a prorrogação em seu favor da decisão que julgou sem efeito todas as ações da Operação Lava Jato envolvendo o doleiro Alberto Youssef.

A defesa de Cabral afirma que a “mãcula” na primeira etapa da operação “resulta no reconhecimento da nulidade de todas as 79 fases”.

Advogados insistem em que houve uma articulação entre procuradores da força-tarefa de Curitiba (PR) e o então juiz Sergio Moro, que hoje é senador pelo União Brasil do Paraná.

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As irregularidades cometidas pelo então magistrado (… ) em razão de seu projeto político de poder, em face de Alberto Youssef, corroboradas pelos elementos de prova extraídos da Operação Spoofing, demonstram, de forma inequívoca, que Sérgio Cabral foi um dos alvos do esquema entre agentes estatais que buscavam, constantemente, seus interesses particulares.

Toffoli ainda não se manifestou em relação ao pedido.

Na terça-feira 15, ao decidir a favor de Youssef, o ministro ressaltou que ocorreu a violação de garantias fundamentais e a colaboração forçada por meio do conluio entre Moro e o MPF.

A decisão estende o impacto de ações semelhantes realizadas por Toffoli em benefício de outros envolvidos no caso. Nos últimos meses, o ministro revogou atos e sentenças contrários a Nelson Luiz de Freitas, ex-vice-presidente dos Correios; Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento; Marcelo Odebrecht, empresário; e Antonio Palocci, ex-ministro.

Toffoli, em seus despachos, destacou abusos processuais, o uso político das investigações e a parcialidade do sistema acusatório em Curitiba.

Fonte por: Carta Capital