A imagem do “gênio de cabelo bagunçado” faz parte da cultura popular, sendo um dos principais responsáveis Albert Einstein, que quase nunca usava o cabelo penteado.
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Sua genialidade em física, aliada ao visual marcante, contribuiu para reforçar o estereótipo de que mente brilhante não se importa com a aparência.
Essa fantasia também se manifesta em filmes, séries e livros. São produções que representam cientistas e artistas como indivíduos desatentos com estética, porém concentrados em ideias ambiciosas.
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A sociedade passou a associar o cabelo desarrumado como um indicativo de criatividade, inteligência e até genialidade.
O que a ciência realmente diz sobre isso
Apesar do senso comum, não há evidências científicas que demonstrem ligação entre cabelo despenteado e inteligência. Estudos sobre cognição, criatividade ou desempenho acadêmico não consideram a aparência como um fator determinante.
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A inteligência está ligada a aspectos como:
Nenhum desses fatores possui ligação com penteado. O cabelo sem arrumeado pode ser apenas um estilo, falta de tempo ou uma escolha individual.
Por que atribuímos características comportamentais à aparência física?
Apesar da ausência de fundamento científico, o mito continua presente devido a razões psicológicas. Indivíduos excessivamente concentrados em atividades intelectuais ou criativas podem negligenciar a estética, priorizando resultados, estudos ou projetos. Isso não implica falta de inteligência em quem se preocupa com a aparência, mas sim diferentes prioridades na rotina.
Essa forma de associação é denominada viés cognitivo: a inclinação de relacionar características externas (tal como cabelo despenteado) a atributos internos (como genialidade).
A escolha é pessoal
Por fim, o cabelo despenteado não indica inteligência ou genialidade, mas pode expressar estilo e autenticidade. Para alguns, é uma marca pessoal; para outros, apenas falta de cuidado.
O que é essencial para a inteligência são hábitos que promovem o cérebro, como a leitura, o aprendizado contínuo, uma alimentação adequada e o sono de qualidade. A aparência pode até produzir impressões sociais, porém não define as capacidades mentais.
A crença de que cabelo despenteado indica inteligência surgiu com figuras notáveis como Einstein, porém não possui base científica. A genialidade reside na mente, e não no penteado.
Fonte por: FDR