BRICS: Brasil evita pressão da Rússia sobre “moeda comum”

Ministros brasileiros adquirem postura pragmática e evitam debate sobre alternativas ao sistema Swift, prejudicando os planos da Rússia.

05/07/2025 23:57

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BRICS: Brasil evita pressão da Rússia sobre “moeda comum”
(Imagem de reprodução da internet).

O Brasil tem demonstrado cautela em relação à proposta da Rússia para a criação de uma moeda comum entre os Brics. A iniciativa, que busca estabelecer um sistema alternativo ao Swift para operações comerciais, tem enfrentado resistência das autoridades brasileiras.

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Durante a reunião de ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais dos Brics, o Brasil evitou a discussão sobre a proposta de moeda única, fato que ficou evidente na fala da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

O Brasil ocupa uma posição estratégica no cenário internacional.

Longe das mídias sociais e dos debates políticos, o governo brasileiro tem implementado uma estratégia mais prática. O Banco Central do Brasil, na ocasião, apresentou casos anteriores e um levantamento dos sistemas já existentes que podem ser aprimorados, sem sugerir novos instrumentos ou uma moeda unificada.

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O Brasil tem adotado uma posição de evitar totalmente essa discussão, distanciando-se da retórica utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já se referiu a uma moeda comum dos Brics em oportunidades anteriores. Essa postura mais cautelosa é considerada positiva por funcionários do governo brasileiro.

Impacto global e reações.

A sugestão de uma moeda em comum para os BRICS tem causado repercussões internacionais. Donald Trump, por exemplo, já utilizou as redes sociais para criticar a ideia, ameaçando com uma alíquota de 100% sobre os produtos dos países que participassem dessa “desamericanização”.

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A Rússia, por sua vez, demonstra grande interesse na criação de um sistema alternativo ao Swift, do qual foi excluída devido a sanções internacionais. Contudo, o Brasil, como presidente do Brics em 2025, tem conseguido manter o controle da agenda, evitando avançar em temas que não considera de seu interesse imediato.

A posição do Brasil nessa questão demonstra uma busca por equilibrar suas relações internacionais, buscando evitar alinhamentos que possam comprometer seus interesses econômicos e diplomáticos no contexto global.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.