Ex-juiz da Lava Jato, afastado por decisão do CNJ, considera os ataques de 8 de janeiro como “baderna”.
O desembargador Marcelo Bretas, que se aposentou compulsoriamente pelo CNJ, afirmou que não existe liberdade de expressão no Brasil. Para ele, as pessoas estão com “medo de se manifestar, de serem incluídas em um inquérito ou algo assim”.
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O ex-juiz da Lava Jato também classificou os ataques de 8 de janeiro de 2023 como “quebra-quebra” e “baderna”. Contudo, evitou comentar sobre a investigação da trama golpista que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Prefiro, por ora, exercer a minha liberdade de opinião e não comentar o que eu acho que está acontecendo nesse processo de golpe”, declarou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
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O que se observou na praça dos Três Poderes foi confusão. As pessoas estavam descontentes, acreditando que o Superman, o Hulk, iriam alterar o curso da história. Com isso não ocorrendo, o processo de transição do governo se concretizou, e as pessoas participaram de manifestações e atos de vandalismo.
Proximidade com Bolsonaro.
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Apesar de opiniões frequentemente convergentes com posições bolsonaristas, Bretas negou possuir vínculo político com o ex-presidente.
“Sou evangélico, sempre deixei evidente que me considero conservador. No entanto, nunca me envolvi em questões políticas. Agora, se eu defendo um tema conservador, automaticamente a mídia me força a associar minha imagem a qualquer candidato.”
Em fevereiro de 2020, o juiz compareceu a dois eventos com Bolsonaro e com o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), quando era prefeito do Rio de Janeiro. Os encontros foram: a inauguração de uma faixa na Ponte Rio-Niterói e uma festa evangélica na praia.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) formalizou uma denúncia disciplinar ao CNJ contra Bretas, em razão da proibição de juízes se envolverem em atividades político-partidárias.
Em setembro daquele ano, o TRF-2 determinou a censura a Bretas no processo, com a sanção que o impedia de ser promovido durante um período de 1 ano.
CNJ
O CNJ determinou a aposentadoria compulsória de Bretas em 3 de junho.
O magistrado, responsável pela operação Lava Jato no Rio de Janeiro por cerca de 7 anos, tornou-se alvo de processos administrativos que examinaram sua atuação na condução dos processos resultantes da operação.
Ele encontra-se afastado do cargo desde fevereiro de 2023.
Bretas declarou à Folha que não existem provas nos processos administrativos que justifiquem a medida contra ele. Ele afirmou que o CNJ é um órgão político-administrativo, que faz parte da estrutura do judiciário, mas é formado por figuras que são indicadas politicamente.
Ademais da aposentadoria obrigatória, o juiz permanece inelegível por um período de oito anos.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.