Brasileira residente em Israel relata: “Inicialmente fugimos e, em seguida, buscamos informações”

A empresária Fernanda Becker, residente em Tel Aviv, relata transformações significativas na rotina e instantes de apreensão nos ataques recentes.

14/06/2025 13:53

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Brasileira residente em Israel relata: “Inicialmente fugimos e, em seguida, buscamos informações”
(Imagem de reprodução da internet).

Os recentes ataques do Irã a Israel geraram tensões e medo entre os moradores, incluindo a empresária brasileira Fernanda Becker, que reside em Tel Aviv. Em entrevista, Becker descreveu as mudanças radicais em sua rotina e os períodos de apreensão enfrentados durante os ataques.

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De acordo com Becker, a população foi tomada de surpresa por sinais de alerta noturnos, resultando em uma reação imediata: “A gente corre e depois tenta se informar de onde vem, porque pode vir de qualquer lugar, a gente nunca sabe de onde vem”.

A influência no dia a dia.

O ataque iraniano provocou o cancelamento de eventos e a recomendação de que as pessoas permanecessem em casa ou perto de locais seguros. Becker caracterizou a situação como parecida com uma quarentena, com atividades canceladas e perdas de emprego.

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A profissional, que atua com serviços para animais de estimação, indicou que o fim de semana seria intenso em razão da Parada Gay local, um evento de grande escala que foi cancelado em virtude da situação de segurança.

Segurança e medidas de proteção.

Becker descreveu a existência de um “mãe”, um cômodo de segurança dentro de seu apartamento. Contudo, em meio aos ataques mais fortes, ela manifestou apreensão sobre a eficácia dessa proteção: “Eu observei meu quarto de segurança vibrar e temi que o meu prédio desmoronasse sobre mim”, relatou.

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As diretrizes de segurança foram alteradas devido ao aumento dos ataques. Anteriormente, os moradores eram orientados a esperar dez minutos após o término dos sinais sonoros para deixar os locais de abrigo. Atualmente, as pessoas são instruídas a permanecer nos cômodos seguros por períodos mais longos, às vezes por mais de uma hora, aguardando orientações oficiais por meio de aplicativos e televisão.

Apesar da tensão, Becker manifestou o desejo comum: “Queremos uma vida normal. Desejamos paz. Não queremos guerra”. Ela também ressaltou a preocupação com a população civil, que sofre com ataques indiscriminados, ao mesmo tempo em que as ações militares de Israel são descritas como mais direcionadas.

A situação em Israel permanece instável, com os moradores, incluindo a expatriada Fernanda Becker, ajustando-se a uma nova realidade de alerta contínuo e medidas de segurança reforçadas.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.