As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 5,1 bilhões em junho de 2025, em comparação com um déficit de US$ 3,4 bilhões registrado no mesmo mês de 2024.

O resultado foi divulgado no relatório de estatística do setor externo do BC (Banco Central) nesta sexta-feira (25).

O déficit em transações correntes nos 12 meses finalizados em junho de 2025 atingiu US$ 73,1 bilhões, correspondente a 3,42% do PIB, em comparação com US$ 28,9 bilhões (1,28% do PIB) em junho de 2024. Já o déficit em transações correntes nos 12 meses finalizados em maio somou US$ 71,4 bilhões (3,35% do PIB).

No mês passado, o superávit na balança comercial de bens foi de US$ 5,3 bilhões. Nesse período, as exportações de bens totalizaram US$ 29,3 bilhões, com um aumento de 0,9%, enquanto as importações de bens cresceram 2,8%, atingindo US$ 24 bilhões.

O déficit na conta de serviços atingiu US$ 4,5 bilhões em junho de 2025. Representa um aumento de 3,7% em relação a junho de 2024, quando o déficit foi de US$ 4,4 bilhões.

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De acordo com o Banco Central, houve elevação das despesas líquidas de serviços de telecomunicações, computação e informações (24,6%); de propriedade intelectual (22,8%); de aluguel de equipamentos (7,8%); de transportes (8%). As despesas líquidas com viagens internacionais aumentaram 17%, devido a incrementos de 14,1% nas despesas e de 7,8% nas receitas.

O relatório do BC também demonstrou que o déficit em renda primária atingiu US$ 6,2 bilhões em junho de 2025, representando um aumento de 25,5% em relação ao déficit de US$ 4,9 bilhões de junho de 2024.

As receitas líquidas de lucros e dividendos, provenientes de investimentos diretos e em carteira, ascenderam a US$ 3,8 bilhões no mês passado, representando um crescimento de 45,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

As receitas de lucros e dividendos diminuíram US$ 1,3 bilhão em relação ao ano anterior. Em junho de 2025, totalizaram US$ 1,5 bilhão, com despesas líquidas com juros que somaram US$ 2,4 bilhões.

IDP

Os investimentos diretos no país totalizaram US$ 2,8 bilhões em junho de 2025, queda em relação aos US$ 6,3 bilhões registrados no mesmo período de 2024.

A captação de recursos mediante participação no capital alcançou US$ 6,4 bilhões. Deste valor, US$ 4 bilhões correspondem à participação no capital, excluindo lucros reinvestidos, e US$ 2,4 bilhões representam lucros reinvestidos.

As operações intercompanhia representaram um volume líquido de saídas no valor de US$ 3,6 bilhões. O IDP acumulado em 12 meses atingiu US$ 67 bilhões (3,14% do PIB) em maio, ante US$ 70,5 bilhões (3,31% do PIB) em maio e US$ 64,9 bilhões (2,87% do PIB) em junho de 2024.

Em junho, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram entradas líquidas de US$ 2,3 bilhões. O valor é resultado de saídas líquidas de US$ 2,2 bilhões em ações e fundos de investimento e entradas líquidas de US$ 4,6 bilhões em títulos de dívida. Nos 12 meses encerrados em junho de 2025, os investimentos em carteira registraram entradas líquidas de US$ 4,1 bilhões.

Fonte por: CNN Brasil