Brasil surpreende-se com tarifa elevada; país não era alvo prioritário
Os Estados Unidos deverão negociar com países que apresentam déficits comerciais, o que não se estende ao Brasil.

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, pegou o governo de surpresa.
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Membros da Área Econômica do Executivo, entrevistados pela CNN, declararam que existiam conversas em andamento com autoridades americanas, porém o Brasil não estava entre os alvos prioritários.
Os Estados Unidos teriam como estratégia negociar com nações que apresentam déficits comerciais, o que não se aplica ao Brasil.
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De acordo com informações divulgadas por fontes próximas à reportagem, que preferiram não ter seus nomes revelados, a justificativa apresentada pelos Estados Unidos se distancia dos padrões convencionais da ordem comercial internacional e está vinculada a questões políticas internas – em particular, a insatisfação com decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestadas pelo presidente americano nos últimos dias.
De acordo com fontes governamentais, a atitude dos Estados Unidos questiona o equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países.
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Apesar da relevância considerável que a taxa possui para vários segmentos da economia nacional, o governo adota uma posição de prudência e discernimento em relação ao contexto.
A avaliação interna indica que o momento requer tranquilidade, foco na resolução do problema e priorização do diálogo diplomático, sem ações impulsivas, em busca de uma solução negociada que assegure os interesses nacionais e reduza os riscos de intensificação do conflito.
O anúncio das novas tarifas foi feito pelo presidente Donald Trump nesta quarta-feira (9), em carta divulgada na rede Truth Social e enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A nova alíquota entrará em vigor em 1º de agosto.
Além do Brasil, outros países também foram alvo do aumento nas taxas. Contudo, para a nação tupiniquim, a tarifa é a mais alta. Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia, Sri Lanka e Filipinas estão entre as nações atingidas por tarifas anunciadas nesta quarta, cujas alíquotas vão até 30%.
Trump afirmou que a alíquota de 50% “é muito menor do que o necessário para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país”.
O governo Lula considera uma ação política o anúncio do presidente Donald Trump e avalia uma resposta com base na lei de reciprocidade.
As taxas mútuas de Trump não são o que aparentam; compreenda.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.