Brasil registra queda em cinco dos dez produtos mais exportados para os Estados Unidos

A celulose apresentou queda de 35% e os óleos combustíveis, de 50,5% em maio de 2025.

06/07/2025 22:15

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Brasil registra queda em cinco dos dez produtos mais exportados para os Estados Unidos
(Imagem de reprodução da internet).

A queda nas vendas de cinco dos dez produtos mais exportados do Brasil para os Estados Unidos foi observada em maio, conforme apurado por um levantamento da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil).

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A Câmara indicou que os óleos combustíveis, as aeronaves, o ferro-gusa, a celulose e equipamentos de engenharia foram afetados pelas tarifas. Os últimos dois itens estão sujeitos a alíquotas de 10%.

Abrão Neto, presidente da Amcham, afirmou que é essencial fortalecer o diálogo e a cooperação entre Brasil e Estados Unidos, com ênfase na diminuição de obstáculos e na expansão das chances de comércio e investimentos.

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As variações negativas foram as seguintes:

As tarifas americanas não são o único fator responsável pela queda nas exportações de alguns produtos brasileiros. No caso dos óleos brutos de petróleo, a menor demanda das refinarias dos EUA contribuiu para a redução. A celulose brasileira enfrentou concorrência mais intensa do Canadá, que tem “acesso diferenciado” ao mercado americano por meio do acordo USMCA.

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Ainda assim, o Brasil exportou US$ 3,6 bilhões em maio. O acumulado desde janeiro atingiu US$ 16,7 bilhões. O valor apresentou crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, representando um novo recorde. Neto afirmou que o cenário é “mais desafiador”, mas que o Brasil é um “parceiro estratégico” dos EUA.

Em abril de 2025, o presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), anunciou uma suspensão de 90 dias nas tarifas recíprocas. O encerramento desse período está programado para a próxima quarta-feira (9 de julho de 2025). O país alcançou poucos acordos comerciais durante o período, e Trump declarou que não deverá prorrogar o prazo. Assim, os Estados Unidos deverão retomar a imposição de tarifas a mais de 180 países.

O Brasil sofreu com a alíquota de 10% no programa de tarifas recíprocas de Trump, e não se encontrou entre os países mais impactados. O país permanece sujeito às tarifas de aço e alumínio, que foram aumentadas de 25% para 50% por decreto presidencial no início de junho.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tem realizado negociações com os Estados Unidos desde março para tentar diminuir os impactos das tarifas. De acordo com a pasta, “uma série de reuniões presenciais e virtuais” tem sido promovida para dar seguimento às tratativas.

As discussões ocorrem em território brasileiro e americano, com a participação de representantes dos dois países. Para facilitar as negociações, foi estabelecido um grupo de trabalho conjunto que engloba o Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o USTR (Representante do Comércio Americano). Do lado brasileiro, estão envolvidos representantes do MDIC e do Ministério das Relações Exteriores.

O MDIC não divulgou informações específicas sobre o desenvolvimento das negociações. “Atualmente, em razão do seguimento das negociações, não é possível divulgar detalhes sobre o conteúdo das discussões, sob pena de afetar o andamento e a eficácia do processo negociador”, informou o ministério.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.