Ministério da Saúde confirma caso de gripe K no Brasil, alertando sobre a mutação do vírus H3N2. Vacinação é crucial para evitar complicações graves.
O Ministério da Saúde anunciou a identificação de um caso da gripe K no Brasil. A informação foi divulgada no Informe Vigilância das Síndromes Gripais, referente à semana epidemiológica 49, em 12 de dezembro. Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia alertado sobre a situação.
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A gripe K é causada pelo vírus influenza A (H3N2) subclado K, uma variação genética do vírus já conhecido. A principal característica desse subclado é uma mutação na superfície do vírus, que impede que o sistema imunológico reconheça o H3N2, tratando-o como uma nova infecção.
Rosana Ritchmann, infectologista do Grupo Santa Joana e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, explica que, embora a vacina contra influenza A proteja contra o H3N2, ela pode não ser totalmente eficaz contra o subclado K. No entanto, o imunizante ajuda a prevenir casos graves e reduz o risco de hospitalização.
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“As vacinas funcionam, mas a eficácia é menor devido à mutação genética. Elas provavelmente não impedirão a infecção, mas são essenciais para evitar desfechos graves, como hospitalizações e mortes”, afirma Ritchmann. Para o tratamento, o antiviral oseltamivir, conhecido como Tamiflu, é eficaz contra a gripe K.
Além da vacinação, é fundamental adotar cuidados preventivos para evitar a gripe K, como:
Os sintomas da gripe K são semelhantes aos da gripe comum e incluem febre, congestão nasal, coriza, tosse, dor de cabeça, dor de garganta e mal-estar. A infecção pode ser diferenciada de outros tipos de gripe por meio de testes laboratoriais.
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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.