Brasil pode enfrentar 30 dias sem água até 2050, alerta estudo
Nordeste e Centro-Oeste correm risco de desertificação com até 30 dias de seca anualmente. Risco de aumento da desertificação.
Cidades Brasileiras Enfrentarão Crise Hídrica em 2050
Um estudo recente, divulgado em 28 de outubro de 2025 em parceria com a consultoria Ex Ante, projeta que cidades brasileiras poderão ter, em média, 12 dias de interrupção no abastecimento de água até 2050. O levantamento, intitulado “Demanda Futura por Água em 2050: Desafios da Eficiência e das Mudanças Climáticas”, aponta para um cenário preocupante, especialmente em regiões mais secas do país.
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Regiões como o Nordeste e o Centro-Oeste correm o maior risco, podendo enfrentar racionamentos de mais de 30 dias por ano. Essa situação terá impactos significativos na saúde pública, na produção agrícola e no abastecimento urbano das cidades.
O estudo também alerta para a expansão do semiárido brasileiro e o risco crescente de desertificação, caso não haja planejamento e adaptação adequados. A projeção indica um aumento de 59,3% na demanda por água tratada nas próximas duas décadas no Brasil.
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As principais causas desse aumento são o avanço econômico, a expansão urbana e o aumento das temperaturas. A gestão da água se torna, portanto, um dos maiores desafios para as autoridades brasileiras.
Adicionalmente, o estudo prevê um aumento da temperatura máxima em cerca de 1°C e da mínima em 0,47°C nas cidades brasileiras até 2050, em comparação com o ano de 2023. Essa mudança climática agrava a situação, diminuindo a reposição dos mananciais e aumentando a aridez em áreas já vulneráveis, com o risco de desertificação em novas regiões do país.
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A presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, enfatiza a urgência de ação imediata, ressaltando que “os dados reforçam a urgência de agir agora”. A especialista destaca a importância de reduzir as perdas no abastecimento, equilibrar a oferta e a demanda e garantir o fornecimento de água sem sobrecarregar os mananciais.
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












