Brasil pode contribuir para a descarbonização de outros países, afirma Stellantis
João Irineu Medeiros, VP de assuntos regulatórios da fabricante, destacou o pioneirismo do Brasil em tecnologia para combustível renovável.

Para o executivo da Stellantis, João Irineu Medeiros, o Brasil necessita ampliar sua perspectiva em relação ao combustível renovável e focar em como pode contribuir para outros países com consumo concentrado em combustíveis fósseis.
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Medeiros destacou, em entrevista à CNN Talks, que a maior parte da frota brasileira, acima de 30%, utiliza etanol, uma tecnologia que ele classifica como equivalente a veículos elétricos em termos de baixas emissões de carbono.
O vice-presidente de assuntos regulatórios da fabricante explica que os gases liberados com a queima do biocombustível são neutralizados pela produção da próxima safra de cana-de-açúcar, não se acumulando na atmosfera.
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Destaca-se como o etanol emergiu no Brasil em resposta à necessidade de segurança energética, durante a Crise do Petróleo na década de 1970, e transformou-se em um papel de sustentabilidade.
O Brasil pode oferecer isso para outros mercados. A tecnologia que temos pode ir para a Índia, por exemplo, para auxiliar na descarbonização de setores, afirmou Medeiros.
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O executivo enxerga na COP30 a grande chance do país demonstrar seu potencial. Medeiros acredita que o Brasil “fala bem de si mesmo” sobre etanol, porém, necessita aprimorar sua comunicação para abordar novos clientes e ampliar o mercado.
O evento CNN Talks “Potência Verde” reuniu especialistas e autoridades para discutir agricultura regenerativa, bionergia e clima, antecedendo a COP30, a Cúpula do Clima da ONU, que será realizada em Belém, capital do Pará, em novembro.
A série “Rota Bioceânica” foi apresentada, com o analista da CNN Brasil, Caio Junqueira. O corredor bioceânico é uma alternativa ao Porto de Santos e será integrado a quatro países da América do Sul, incluindo o Brasil.
A previsão indica que a rota poderá diminuir em 17 dias o tempo de transporte de mercadorias do Brasil para a Ásia, e em 30% o custo do frete em comparação com a operação via Porto de Santos, pelo Oceano Atlântico.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.