Brasil lidera Mundial Paralímpico com destaque e quebra de recorde

Brasil faz história em Nova Délhi, conquistando 44 medalhas e superando China nos Jogos da Commonwealth.

05/10/2025 13:31

4 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Brasil Conquista Título Mundial Paralímpico em Atletismo

O Brasil alcançou um feito histórico, conquistando, pela primeira vez, o título do Mundial de Atletismo Paralímpico. A equipe brasileira liderou o quadro de medalhas na edição realizada em Nova Délhi, na Índia, encerrada neste domingo (5). A performance excepcional resultou em 15 medalhas de ouro, 20 de prata e nove de bronze, totalizando 44 conquistas.

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A China ocupou o segundo lugar, com 13 ouros, 22 pratas e 17 bronzes (52 no total). O Irã encerrou em terceiro, com nove ouros e 16 medalhas.

A campanha histórica foi construída com a presença constante de atletas brasileiros no pódio. No último dia de disputas, seis atletas brasileiros subiram ao pódio: foram três ouros, uma prata e dois bronzes. Entre os destaques, estão os títulos de Jerusa Geber, Clara Daniele e Zileide Cassiano.

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Recordes e Feitos Individuais

A acreana Jerusa Geber venceu os 200m T11 (deficiência visual) com 24s88, seu melhor tempo da temporada, e alcançou o segundo ouro em Nova Délhi. Tornou-se a atleta brasileira com mais medalhas em Mundiais, entre homens e mulheres: 13 no total, sendo sete ouros, cinco pratas e um bronze. Ela superou a marca da mineira Terezinha Guilhermina, que tinha 12.

Na mesma prova, Thalita Simplício ficou com o bronze, em 25s97. Foi o décimo pódio da potiguar em Mundiais. A prata ficou com a chinesa Liu Yiming, com 25s54.

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Episódio Inusitado Garante Ouro

A potiguar Clara Daniele viveu um episódio inusitado. Estreante em Mundiais, ela terminou a prova dos 200m T12 em segundo lugar, com 24s42, mas herdou a medalha de ouro após a desclassificação da venezuelana Alejandra Paola Lopez, cujo guia a puxou antes da linha de chegada. A prata ficou com a indiana Simran, e o bronze, com a chinesa Shen Yaqin.

Outra Medalhista

A também potiguar Maria Clara Augusto, prata nos 200m T47 com 24s77, seu melhor tempo na temporada. Ela encerrou a competição como a brasileira que mais vezes subiu ao pódio em Nova Délhi: três vezes (ouro nos 400m, prata nos 100m e nos 200m).

Campeã Equatoriana

A campeã foi a equatoriana Kiara Rodriguez, que cravou 24s34, novo recorde mundial.

Arremesso de Peso

O catarinense Edenilson Floriani levou o bronze no arremesso de peso F42/F63, com 14,96m, recorde das Américas. Foi sua segunda medalha de bronze no torneio, após também ficar em terceiro no lançamento de dardo. A vitória foi do britânico Aled Davies, com 16,44m.

Arremesso de Peso F57

O paulista Thiago Paulino teve confirmada a medalha de prata após recurso aceito pelo júri, que reverteu protesto feito contra a sua marca de 14,82m.

Histórico no Quadro de Medalhas

O título em Nova Délhi quebrou a hegemonia chinesa, que só havia perdido o topo uma vez na história, em Lyon 2013, quando a Rússia terminou em primeiro lugar. O Brasil já vinha se aproximando da liderança nos últimos anos, ao terminar em segundo em Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024.

No Japão, no ano passado, a delegação havia registrado sua campanha mais dourada, com 19 ouros, mas ficou atrás da China. Com a conquista na Índia, o Brasil registra sua melhor campanha de todos os tempos em Mundiais de atletismo, superando inclusive a performance em Paris 2023, quando obteve seu maior número de medalhas (47).

Histórico Recente do Brasil em Mundiais

Nova Délhi 2025 – 1º lugar (15 ouros, 20 pratas e 9 bronzes)

Kobe 2024 – 2º lugar (19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes)

Paris 2023 – 2º lugar (14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes)

Dubai 2019 – 2º lugar (14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes)

Londres 2017 – 9º lugar (8 ouros, 7 pratas e 6 bronzes)

Doha 2015 – 7º lugar (8 ouros, 14 pratas e 13 bronzes)

Lyon 2013 – 3º lugar (16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes)

Christchurch 2011 – 3º lugar (12 ouros, 10 pratas e 8 bronzes)

Assen 2006 – 19º lugar (4 ouros, 11 pratas e 10 bronzes)

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.