Brasil e Índia reforçam compromisso de expansão do comércio comercial em meio a aumento de impostos

O presidente Lula conversou na quinta-feira (7) com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para abordar o imposto americano de 50% que afeta ambos os países. Os chefes de governo asseguraram que intensificariam a integração entre as economias brasileira e indiana.

Brasil e Índia são os dois países com as tarifas de importação mais elevadas impostas pela Casa Branca.

O presidente Washington alega que a taxa se deve à perseguição do ex-presidente Jair Bolsonaro e que o Brasil estabelece barreiras injustas aos produtos americanos.

Já no caso da Índia, a justificativa é que Nova Délhi financia a invasão da Rússia e Ucrânia ao adquirir petróleo e seus derivados de Moscou.

Lula e Modi asseguraram o fortalecimento da integração entre Brasil e Índia em seu encontro recente.

Leia também:

Erika Hilton e Fernando Haddad debatem ajustes em projeto de lei sobre jornada de trabalho

Câmara dos Deputados aprova projeto sobre bens e imóveis com medidas fiscais do governo

Renan Filho anuncia mudanças na emissão da CNH e elimina obrigatoriedade das autoescolas em 2025

Em seguida, o plano afirmou que a premiê concordou em expandir a abrangência do acordo comercial entre o Mercosul e a Índia.

Na quinta-feira, a Casa Branca iniciou a aplicação de tarifas retaliatórias contra a maioria dos parceiros dos Estados Unidos.

A adoção das barreiras aumentou a tarifa de importação média para aproximadamente 20%. Anteriormente, antes da presidência de Trump, essa taxa era de 2,5%.

Em Brasília, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, tem atuado como principal articulador entre o Palácio do Planalto e a Casa Branca. Ele se reuniu nesta quinta-feira com o embaixador encarregado de negócios da embaixada americana. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agendou para a próxima quarta-feira uma reunião com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou uma declaração que denuncia o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, por acusações de censura e perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. A representação diplomática também emitiu um alerta sobre o acompanhamento de ações de aliados de Moraes no Poder Judiciário.

A decisão reflete as críticas apresentadas por apoiadores de Bolsonaro no Congresso Nacional. Na Câmara Alta, a oposição declara ter obtido as 41 assinaturas exigidas para instaurar um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes.

Davi Alcolumbre, presidente da Câmara, contudo, rejeitou qualquer chance de tratar, inclusive, a fase antecedente: a votação sobre a admissibilidade do processo.

Fonte por: CNN Brasil