Brasil e EUA marcarão reunião em Washington para discutir a Seção 301

As consultas ainda não possuem data definida, porém, o Escritório de Representação Comercial da Casa Branca informou ao Itamaraty que seguirá o processo.

19/08/2025 18:44

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo brasileiro e o USTR realizarão uma reunião presencial, em Washington, para abordar as investigações comerciais norte-americanas sob a Seção 301.

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A reunião ainda não tem data definida, porém pode acontecer ainda em setembro, de acordo com informações de pessoas próximas ao processo.

O Itamaraty apresentou, na noite de segunda-feira (18), a defesa do Brasil contra as acusações feitas pelo governo de Donald Trump na Seção 301 – uma ferramenta da política comercial dos Estados Unidos para apurar supostas práticas desleais de seus parceiros.

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A etapa seguinte do processo é uma audiência pública em Washington, nos dias 3 e 4 de setembro, restrita a representantes do setor privado com interesse no caso.

Estão presentes aproximadamente 50 pessoas. Nesta etapa, não há participação do poder público.

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Assim, há um prazo de sete dias para as respostas às manifestações realizadas durante a audiência pública – autoridades brasileiras poderão participar por escrito.

A próxima fase envolverá consultas bilaterais. O Itamaraty já recebeu, segundo informações, a confirmação do USTR de que a administração americana cumprirá esse procedimento e realizará as reuniões pessoalmente.

O Brasil deverá encaminhar representantes de vários ministérios e órgãos responsáveis pela proteção das alegações processadas na Seção 301, abrangendo questões como o Pix, desmatamento ilegal, corrupção, tarifas para o etanol, propriedade intelectual e pirataria.

O governo pretende reafirmar sua posição técnica, embora considere que as alegações da Casa Branca possuem um caráter essencialmente político.

Sob a ótica convencional, a previsão é para conclusão em meados de 2026.

O governo brasileiro já prevê a possibilidade de divisão das investigações, sendo uma estratégia para o GCQ acelerar a aplicação de novas tarifas contra o país.

Alguém com conhecimento do processo recorda que raramente, na Seção 301, houve tantas questões concentradas em uma única investigação.

Assim, não surpreenderia o governo brasileiro se o USTR escolhesse uma segmentação dos temas. Essa estratégia – por ora apenas uma hipótese em Brasília – poderia resultar na redução dos prazos e na aplicação de tarifas antes de meados de 2026.

Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.