A advogada Soraia Mendes e a jornalista e ex-senadora Ana Amélia Lemos debateram, nesta quinta-feira (10), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se o Brasil deve retaliar ou negociar as tarifas propostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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A avaliação no governo brasileiro é que se deve aguardar a aplicação da taxa e evitar antecipar a promessa de Trump. Nos próximos dias, a estratégia é analisar uma resposta que não comprometa a economia nacional.
Soraia acredita que o Brasil não deve responder com retaliação nem buscar negociações.
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O Brasil negocia com quem? O Brasil possui um saldo comercial vantajoso em relação aos Estados Unidos, que importam mais do que nós, brasileiros. Essa ação do presidente Trump acarreta prejuízos para a economia americana, avaliou.
Considero que a retaliação, por outro lado, também não é a solução mais adequada, ou seja, responder na mesma moeda. Acredito que o que tem se feito nas últimas horas é o mais adequado, no sentido de buscar avaliar aquelas que são as áreas em que há possível atuação em relação a tarifas sem que se prejudique a indústria nacional.
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Ana Amélia compreende que é preciso utilizar uma abordagem mais diplomática.
Com a contra-retaliação, Trump pode dobrar a aposta. Isso significa elevar a tarifa de 50% para 100%. Portanto, a contra-retaliação é uma aposta arriscada. O governo utiliza um eufemismo: reciprocidade. É um termo mais brando e agradável do que retaliação.
É evidente que os apoiadores de Bolsonaro, com grande cautela, perceberam que essa tarifação pode ter sido um revés para a intenção de Donald Trump de defender o ex-presidente perante o Poder Judiciário e o governo em exercício, que não demonstra nenhuma simpatia. A questão é qual foi o impacto político que a tarifação causa sobre as ambições eleitorais do bolsonarismo.
Fonte por: CNN Brasil