Brasil cria 85,9 mil novas vagas em novembro, mas desempenho é o pior desde 2020. Descubra os setores em alta e os desafios do mercado de trabalho!
Em novembro, o Brasil criou 85,9 mil novas vagas formais de trabalho, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta terça-feira (30) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Esse resultado é resultado de 1,98 milhões de contratações e 1,89 milhões de demissões.
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O número representa uma queda de 19% em comparação a novembro do ano anterior, quando foram geradas aproximadamente 106,1 mil novas oportunidades com carteira assinada. Este é o pior desempenho para um mês de novembro desde o início do novo Caged, em 2020, que introduziu novas metodologias de coleta e integração de dados.
Nos últimos meses, o mercado de trabalho tem demonstrado sinais de desaquecimento. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou que os resultados negativos refletem o impacto da taxa básica de juros, que atualmente está em 15% ao ano. No total acumulado do ano, foram criados 1,9 milhão de empregos, com um salário médio de admissão de R$ 2.310,78.
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Dos postos de trabalho gerados, 68,9% são considerados típicos, enquanto 31,1% são não típicos. Apenas dois dos cinco principais setores de trabalho apresentaram saldo positivo em novembro, com o comércio liderando a criação de 78 mil postos, seguido pelos serviços, que adicionaram 75,1 mil vagas.
Por outro lado, os setores de agropecuária (-16,5 mil), construção civil (-23,8 mil) e indústria (-27 mil) mostraram saldos negativos. Em termos regionais, 20 das 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo, com destaque para São Paulo (31,1 mil), Rio de Janeiro (19,9 mil) e Pernambuco (9 mil).
Minas Gerais, com 8,7 mil demissões, e Goiás, com 8,4 mil desligamentos, foram os estados com os piores resultados. As demissões no setor agropecuário ocorreram, principalmente, nas áreas de cultivo de soja e cana-de-açúcar. Na indústria, as perdas foram mais significativas na fabricação de açúcar bruto, enquanto na construção civil, os desligamentos se concentraram em rodovias, ferrovias e edifícios.
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.