Brasil conquista medalhas históricas no Paralímpico e avança em inclusão
Brasil conquista 36 medalhas e lidera com folga no ranking geral das Olimpíadas!
Brasil Lidera no Campeonato Mundial Paralímpico de Atletismo 2025
O Brasil consolidou sua liderança no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico 2025, realizado em Nova Délhi, Índia, entre 27 de setembro e 5 de outubro. A delegação brasileira alcançou resultados expressivos, com destaque para a conquista de quatro ouros na quinta-feira, além de quebrar dois recordes mundiais.
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Recordes Mundiais
Wanna Brito brilhou no arremesso de peso em cadeira, estabelecendo um novo recorde mundial com a marca de 8,49 metros. Antônia Keyla também escreveu sua história ao conquistar o ouro no lançamento de disco com prótese, com 39,33 metros, também um novo recorde mundial da prova.
Medalhas Individuais
Nas pistas, Maria Clara Augusto venceu os 400 metros com deficiência em braço, enquanto Bartolomeu Chaves foi campeão nos 400 metros com paralisia cerebral em um lado do corpo. Além dessas vitórias, o Brasil obteve outras medalhas importantes, com Thomaz Ruan em segundo nos 400 metros com deficiência em braço e Thiago Paulino em prata no lançamento de disco sentado.
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Resultados Gerais
Com esses resultados, o país acumulou 12 ouros, 16 pratas e 7 bronzes, totalizando 36 medalhas e mantendo a liderança isolada no quadro geral. O desempenho demonstra o investimento e as políticas públicas implementadas.
Entrevista com a Secretária Nacional
Anna Paula Feminella, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, atribuiu o sucesso da equipe a políticas públicas e ao investimento contínuo em esporte e inclusão. Ela ressaltou que os resultados refletem um esforço conjunto, incluindo o programa Bolsa Atleta Paralímpico e a identificação de oportunidades para atletas com deficiência.
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Feminella enfatizou a necessidade de valorizar a educação física escolar, com a presença de estudantes com deficiência desde a educação infantil, promovendo a cultura de movimento, saúde, autonomia e desenvolvimento, além de oportunidades no esporte de rendimento.
Visibilidade e Combate ao Capacitismo
A secretária destacou a importância da visibilidade dos atletas e do rompimento com estereótipos. Ela explicou que os atletas medalhistas são pessoas como qualquer um, que tiveram oportunidades de se desenvolver, construídas socialmente.
Feminella mencionou a atuação integrada do Ministério dos Esportes, do Comitê Paralímpico Brasileiro e da sociedade civil, ampliando ações contra a discriminação. Ela lamentou a naturalização do capacitismo, a discriminação em razão de deficiência, que ainda é muito presente na sociedade.
Guia Capacitista em Desconstrução
O ministério lançou, no início deste mês, o guia “Capitista em Desconstrução”, de combate ao capacitismo nos esportes e em outros ambientes. O material reforça que o esporte é sobre trabalho, treino, talento e estratégia, não sobre “superar a deficiência”, e aponta que o termo “paratleta” não existe.
Para ouvir e assistir: O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira: a primeira às 9h e a segunda às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.












