Brasil busca aumentar o comércio com a Índia, país que também sofreu com as tarifas americanas
Governo prioriza o incremento das exportações de petróleo, a diversificação do setor agro e o aprimoramento do acordo Mercosul-Índia visando expandir o …

Brasil e Índia, parceiros históricos dos Estados Unidos que se tornaram alvos de Donald Trump nos últimos meses, buscam fortalecer os laços comerciais.
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A ação do governo federal precedeu a tarifação de Trump, que impactou os dois países com tarifas que, em conjunto, totalizam 75%.
Em julho, com a presença do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, em Brasília, os países firmaram acordos nas áreas de segurança, energia e transformação digital.
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O governo brasileiro considera que a Índia, o país mais populoso do mundo e que passou por um processo de industrialização nas últimas duas décadas, ainda é pouco explorada pelos exportadores nacionais.
Adicionalmente, o comércio exterior do Brasil com Nova Delhi apresenta pouca variedade, sendo que óleos vegetais, açúcares e petróleo bruto correspondem a mais de 60% do volume total exportado.
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A estratégia brasileira para aumentar o comércio com o Índia se concentra em três frentes, de acordo com autoridades governamentais entrevistadas pela CNN.
Uma das estratégias emergiu após a política de Donald Trump. O presidente dos EUA optou por impor encargos sobre produtos indianos, alegando que o país mantinha forte dependência energética da Rússia, adquirindo petróleo e combustíveis russos.
O Brasil identifica nessa situação uma chance. Segundo projeções do governo de 2024, aproximadamente 30% do petróleo importado pela Índia provém da Rússia, ao passo que apenas 1% é de origem nacional.
Contudo, o petróleo já é o segundo produto mais exportado do Brasil para a Índia. Caso haja uma redução nas compras indianas de petróleo russo, espera-se que o Brasil, juntamente com países do Oriente Médio, consiga atender a parte desse mercado.
A outra via acompanha a estratégia implementada pelo Ministério da Agricultura desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a abertura e a diversificação de mercados.
Técnicos avaliam que há oportunidades de expansão para produtos como óleos vegetais, algodão, feijões e leguminosas, etanol, genética bovina e frutas. Produtos como carne de aves, pescado, café e suco de laranja estão em ascensão.
A principal barreira, contudo, são as altas tarifas aplicadas pela Índia. O país não incluiu quase nenhum produto do agronegócio no acordo de comércio preferencial que mantém com o Mercosul.
Trata-se, nesse contexto, do terceiro eixo das negociações: expandir o escopo do acordo comercial existente.
Atualmente, apenas 14% das exportações brasileiras para a Índia estão sujeitas ao acordo. O tratado, de escopo restrito, engloba 450 categorias de produtos, em um total de aproximadamente 10 mil, e estabelece reduções tarifárias modestas, variando de 10% a 20%.
O governo brasileiro pretende negociar a incorporação de novos produtos, notadamente do setor agropecuário, obter reduções tarifárias e promover o afastamento de barreiras comerciais.
Brasil exporta petróleo, café e aeronaves para os Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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