Executivo analisa a viabilidade de um sistema nacional de geolocalização em razão da dependência de redes controladas por um poder externo.
O governo federal deu o primeiro passo para verificar se o Brasil deve desenvolver seu próprio sistema de navegação por satélite. Uma equipe técnica, composta por representantes de diversos ministérios, da Aeronáutica, da Agência Espacial Brasileira (AEB), de institutos federais e da indústria aeroespacial, irá analisar os riscos da dependência do país em relação a sistemas de geolocalização controlados por outras nações, como o GPS americano.
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A formação do grupo foi formalizada pela Resolução nº 33 do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro, assinada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Amaro. O documento estabelece um prazo de 180 dias, a partir de 14 de julho, para que os membros apresentem um relatório com diagnóstico e propostas sobre o tema.
O Brasil emprega atualmente o GPS, gerenciado pela Força Espacial dos Estados Unidos, juntamente com sistemas alternativos, incluindo o europeu Galileo, o russo Glonass e o chinês BeiDou.
A relevância histórica do programa espacial brasileiro foi o acompanhamento territorial por satélites. Atualmente, torna-se necessário debater a soberania também no âmbito da navegação. Se o país optar por seguir adiante, será necessário determinar se o sistema terá abrangência global ou restrita à região, abrangendo o território nacional.
A criação do grupo técnico precedeu duas movimentações que reacenderam o debate nas redes sociais. A primeira foi o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que produtos brasileiros serão taxados em 50% a partir de 1º de agosto. A segunda, a circulação de especulações sobre um possível bloqueio do sinal do GPS ao Brasil em caso de agravamento da tensão diplomática.
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A proposta assume relevância em um contexto internacional caracterizado por conflitos comerciais e tecnológicos. A dependência do GPS, uma infraestrutura controlada militarmente pelos Estados Unidos, suscita questões sobre a independência nacional em setores como defesa, agricultura, aviação e transporte.
Fonte por: Brasil de Fato
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.