Brasil anuncia investimento recorde de R$ 10 bilhões para combater mudanças climáticas

Brasil aumenta investimento em combate às mudanças climáticas com R$ 10 bilhões. Conferência em Belém (PA) revela ampliação de recursos com apoio internacional.

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo brasileiro anunciou um reforço significativo para seus esforços de combate às mudanças climáticas. Em 12 de novembro de 2025, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em Belém (PA), foi revelado um investimento de R$ 10 bilhões para impulsionar projetos de transição energética, mobilidade sustentável e o desenvolvimento da bioeconomia.

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Esse montante será complementado com a captação de mais de R$ 8,5 bilhões através de parcerias com instituições financeiras europeias e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Fundo Clima: Instrumento Federal de Financiamento

Criado em 2011 e administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Clima é o principal instrumento do governo federal para financiar ações que visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país. O objetivo é direcionar recursos para projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

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Novas Parcerias Internacionais

Uma carta de intenções foi assinada na COP30 com o AFD (Banco de Desenvolvimento da França), KfW (Instituto de Crédito para Reconstrução, em português), da Alemanha, e o CDP (Cassa Depositi e Prestiti, em português), da Itália. O empréstimo de 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 6 bilhões) soma-se aos US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) já destinados pelo BID.

Essa ampliação representa um aumento de mais de 200% em relação ao volume de recursos disponível no início de 2023, quando o fundo contava com pouco mais de R$ 4,5 bilhões.

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Foco em Estados e Municípios

O governo espera expandir o acesso ao crédito para estados e municípios, além de atrair investimentos privados em projetos de baixo carbono. A expectativa é que os primeiros desembolvos sejam realizados no início de 2026. A conferência continua com a expectativa de novos anúncios e acordos.

O BNDES detalhou que os recursos serão distribuídos em quatro eixos prioritários: transição energética, transporte sustentável, restauração florestal e inovação em bioeconomia. O banco de fomento também planeja criar linhas de financiamento específicas para comunidades tradicionais e empreendedores locais da Amazônia.

Segundo o presidente do BNDES, a iniciativa deve funcionar como uma “alavanca” para que o Brasil avance na transição para uma economia verde, consolidando o país como referência na região, especialmente no que tange à mobilidade elétrica.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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