Brasil aguarda reação dos EUA antes de tomar medidas sobre a alta tarifa

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo brasileiro está à espera da resposta dos Estados Unidos às cartas enviadas com propostas para impedir o aumento de 50% sobre produtos brasileiros. Ele ressaltou que o foco permanece na negociação e o país espera que não haja medidas unilaterais a partir de 1º de agosto.

O objetivo é obter da parte dos Estados Unidos uma resposta às cartas que o Brasil enviou, buscando uma aproximação em relação ao que é relevante para ele e para nós.

O ex-presidente Michel Haddad comunicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na segunda-feira (28) um plano de contingência elaborado por quatro ministérios com possíveis respostas do Brasil caso a situação se confirme na próxima semana.

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Ainda assim, Haddad ressaltou que o foco do governo permanece a negociação, embora os cenários já estejam sobre a mesa do presidente.

Combinamos em apresentar ao Presidente Lula o plano de contingência com todas as possibilidades que estão à disposição do Brasil e dele na presidência da república. O foco continua sendo as negociações, o vice-presidente Geraldo Alckmin está em contato permanente e à disposição permanentemente das autoridades americanas. Havia conversas, afirmou o ministro em conversa com a imprensa.

Haddad salientou que o Brasil não abandonará a mesa de negociações em hipótese alguma e que a prioridade é negociar.

Apesar da elaboração do plano de contingência, Haddad declarou que o governo ainda não sabe se o plano será, de fato, implementado. Segundo o ministro, o Executivo aguarda para verificar se a decisão americana se manterá antes de colocar o plano em prática.

Não temos conhecimento da decisão que será tomada. Esperamos que não seja uma decisão unilateral no dia 1º. Então, nós vamos insistir que a medida não seja unilateral por parte dos Estados Unidos, afirmou.

O ministro declarou que o plano só deverá ser divulgado após a declaração formal do governo dos Estados Unidos.

É fundamental que o presidente disponha de todos os cenários estabelecidos pelos quatro ministérios [Agricultura, Casa Civil, Itamaraty e Desenvolvimento e Indústria]. E o foco, ou a determinação do presidente, é negociar. Buscar evitar medidas isoladas, porém, independentemente da decisão que o governo dos Estados Unidos tome, nós continuaremos abertos à negociação.

Questionado sobre a possibilidade de novas reuniões com o presidente, Haddad respondeu que “possivelmente, sim” nesta terça-feira (29). O ministro afirmou que o material distribuído aos ministros é bastante extenso e que tanto Lula quanto os demais chefes das pastas envolvidas irão “se debruçar sobre ele”.

Fonte por: CNN Brasil