Brasil acusa EUA de tentar intimidar órgãos de justiça e critica ameaças

O Itamaraty afirma que os Três Poderes não serão intimidados por qualquer tipo de ataque à nossa soberania.

09/09/2025 20:33

2 min de leitura

Brasil acusa EUA de tentar intimidar órgãos de justiça e critica ameaças
(Imagem de reprodução da internet).

O governo Lula (PT) criticou, na terça-feira 9, as declarações da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que indicaram a possibilidade dos Estados Unidos emprevarem o uso de “força militar” contra o Brasil. O Itamaraty denunciou a “tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ministério das Relações Exteriores declarou que o governo brasileiro condena o emprego de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia.

A pasta argumentou que o primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é defender a democracia e respeitar a vontade popular manifestada nas eleições. “É esse o dever dos Três Poderes da República, que não se intimidam por qualquer forma de atentado à sua soberania”, registrou o texto.

Leia também:

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se manifestou em relação às declarações dos Estados Unidos. Na avaliação de Gleisi, a afirmação é inaceitável e configura uma tentativa de proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da condenação.

“Não são suficientes as tarifas contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro da cadeia. Isso é totalmente inadmissível”, declarou. Para a ministra, o governo de Donald Trump está defendendo a “liberdade de mentir, de coagir a Justiça e de tramar golpe de estado”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A porta-voz do governo de Donald Trump foi questionada em coletiva sobre a possibilidade de novas punições ao Brasil ou a países europeus por supostos atos de censura. “Liberdade de expressão é o tema mais importante de nosso tempo”, declarou. “É por isso que tomamos ações significativas em relação ao Brasil, na forma de sanções e utilizando tarifas, para garantir que países ao redor do mundo não punam seus cidadãos dessa forma.”

Ela afirmou não prever nenhuma medida adicional. “No entanto, posso indicar que esta é uma prioridade para o governo, e o presidente não hesita em empregar o poder econômico e o poder militar dos Estados Unidos para defender a liberdade de expressão em âmbito global.”

As declarações ocorreram no mesmo dia em que os ministros do Supremo Tribunal Federal iniciaram seus votos na ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – aliado de Trump.

Fonte por: Carta Capital

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.