O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) removeu o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), organização dedicada ao combate ao antissemitismo e à preservação da memória do massacre de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O Brasil estava inserido na entidade como país observador desde 2021. De acordo com diplomatas, a saída foi motivada por questionamentos sobre o processo de adesão durante o governo Jair Bolsonaro (PL), vista como inadequada por setores da administração atual.
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Essa decisão ocorreu em paralelo com outra ação do governo brasileiro: na quarta-feira (23), o Brasil formalizou sua entrada no processo que a África do Sul move contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, acusando o país de cometer genocídio contra a população palestina na Faixa de Gaza.
As duas decisões foram duramente criticadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel. Em nota publicada nas redes sociais, o órgão acusou o Brasil de “profunda falha moral” ao se afastar do consenso internacional contra o antissemitismo e apoiar uma ação judicial contra o Estado judeu. “Em uma época em que Israel luta por sua própria existência, voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso”, declarou.
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A IHRA reúne 35 países-membros e, até a saída brasileira, contava com nove observadores. Mesmo na condição de observador, o Brasil tinha obrigações formais, como participação em reuniões e contribuição anual de 10 mil (cerca de 65 mil), após três anos de adesão. A organização é alvo de críticas em razão de sua definição ampla de antissemitismo, que, segundo especialistas e ativistas, pode confundir críticas legítimas com políticas do governo israelense com manifestações de preconceito contra judeus.
Em comunicado oficial, o Itamaraty justificou a adesão como ação na CIJ afirmando que há “profunda indignação” com os episódios de violência contra civis em Gaza e na Cisjordânia.
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O Brasil acredita que não há espaço para ambiguidades morais nem omissões políticas. A impunidade fragiliza a legalidade internacional e compromete a credibilidade do sistema multilateral. Ainda de acordo com o texto, há possibilidade de que os direitos dos palestinos estejam sendo “irreversivelmente prejudicados”.
Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte por: Jovem Pan