BRA49CC: câmeras captaram 9 mil ocorrências da mesma placa de moto adulterada em SP
O modelo de placa pode ser encontrado online por valores entre 20 e 30 reais; em dois meses, apenas 15 veículos foram apreendidos.

Em junho e julho, câmeras da prefeitura de São Paulo identificaram 10.901 ocorrências de placas adulteradas na cidade, representando aproximadamente 84% das placas falsas “BRA49CC”. Adicionalmente, foram detectadas outras 11 placas falsas, todas com o final “CC”.
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Apesar da circulação de placas falsas acionar a Central de Monitoramento do SmartSampa, somente 0,14% dos veículos foram apreendidos pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), ou seja, apenas 15 motocicletas com placas adulteradas.
A investigação da Polícia Civil aponta que as placas podem ser compradas na internet por valores entre R$ 20 e R$ 30, com a instalação considerada “simples”, já que o Ministério dos Transportes removeu a obrigatoriedade do lacre metálico nas placas de veículos. O lacre, que fixa a placa ao veículo, funciona como um mecanismo de segurança para garantir sua autenticidade e dificultar remoções ou trocas não autorizadas.
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Em junho deste ano, a prefeitura de São Paulo encaminhou um representante que solicitou a retomada da obrigatoriedade do lacre metálico “para combater o emprego de veículos roubados, notadamente motocicletas, em delitos como roubos, latrocínios e homicídios”, declarou o órgão.
Em fevereiro deste ano, dez placas falsas foram encontradas na residência de Suedna Carneiro, apelidada de “Mainha do crime”, que está presa por sua ligação com o crime pela morte de um delegado e ciclista na capital paulista, em frente ao Parque do Povo. Os indivíduos utilizavam placas adulteradas para evitar a identificação policial e, assim, cometeram os delitos.
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As motocicletas da Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar contarão com câmeras que realizam reconhecimento facial e de veículos.
Em São Paulo, 100 câmeras do programa Smart Sampa serão instaladas em motocicletas da GCM e da Polícia Militar.
Os dispositivos devem ser integrados à central de monitoramento e, ao cruzar as imagens captadas com o banco de dados da Justiça, os agentes recebem os alertas, possibilitando abordagens mais rápidas e eficazes, conforme a prefeitura.
Através do Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), é possível transformar imagens de texto em conteúdo legível, possibilitando a edição, pesquisa e análise de documentos digitalizados ou fotografias por computadores.
A parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado visa fortalecer o combate a crimes relacionados a veículos roubados, furtados ou com identificação falsa, além de expandir os recursos de monitoramento urbano na capital.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.