Bolsonaro visita a Câmara em seu primeiro dia com monitoramento eletrônico para buscar apoio do PL

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à Câmara dos Deputados na segunda-feira, 21, após a determinação do Supremo Tribunal Federal, para se reunir com a bancada do PL e participar de uma coletiva de imprensa.

A movimentação se dá em razão das medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que abrangem o recolher noturno, a proibição do uso de redes sociais e a restrição de contato com aliados e diplomatas.

Apesar da pausa legislativa, o PL determinou a convocação de sua bancada para debater uma estratégia de apoio a Bolsonaro. O encontro será às 14h, na liderança do partido na Câmara, e contará com a presença de pelo menos 50 deputados. Às 16h, Bolsonaro fará uma declaração à imprensa.

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Entre os principais objetivos da reunião, incluem-se a coordenação de proposições de rejeição às decisões do STF, a defesa da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e a pressão pela criação da chamada “CPI do Abuso de Autoridade”. O projeto também visa lançar uma campanha denominada “Reaja Brasil”, que contempla mobilizações em todo o país.

Na terça-feira, 22, o partido realizou reuniões extraordinárias das duas comissões que presidia: a Comissão de Segurança Pública e a Comissão de Relações Exteriores. Ambas visavam aprovar moções de apoio a Bolsonaro, ignorando a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que manteve o recesso legislativo até 4 de agosto e recusou pedidos da oposição para interrompê-lo.

Com o STF apontando obstrução de Justiça e interferência internacional por parte de Bolsonaro, o PL busca capitalizar o momento como símbolo de uma suposta perseguição política.

Bolsonaro deve apresentar sua versão dos fatos na coletiva prevista para a tarde, ainda que com as restrições em vigor. A presença do ex-presidente na Câmara está sujeita a rigoroso controle de horários, conforme decisão judicial, que o obriga a permanecer em casa das 19h às 7h, inclusive nos fins de semana.

Fonte por: Carta Capital