Jair Bolsonaro (PL) deixou a sede do Partido Liberal em Brasília na tarde de terça-feira (22), após passar o segundo dia consecutivo reunido com aliados. Ao sair por volta das 17h23, respondeu: “Infelizmente, não posso conversar com vocês”. A declaração se refere às restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que incluem a proibição de conceder entrevistas, utilizar redes sociais e manter contato com certos interlocutores, como seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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Bolsonaro permanece sob medidas cautelares que estabelecem regime de recolher noturno, das 19h às 6h em dias úteis e integralmente nos finais de semana, além do uso de tornozeleira eletrônica. As restrições foram impostas no âmbito da investigação que apura os desdobramentos das acusações contra ele na Justiça brasileira. O contexto político se intensificou após os Estados Unidos anunciarem uma tarifa de 50% sobre alguns produtos brasileiros. O nome de Bolsonaro foi mencionado em documentos norte-americanos como um dos fatores de instabilidade institucional do Brasil.
O ministro Alexandre de Moraes solicitou esclarecimentos da defesa do ex-presidente após a divulgação de uma entrevista que Bolsonaro concedeu a jornalistas na segunda-feira (21), o que pode configurar descumprimento das medidas cautelares. A defesa nega qualquer infração e pediu informações ao STF sobre os limites das restrições impostas.
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Desde então, o ex-presidente tem evitado qualquer manifestação pública. Na sede do PL, Bolsonaro recebeu aliados próximos, entre eles o senador Magno Malta (PL-ES) e os deputados Delegado Caveira (PL-PA), Sostenes Cavalcante (PL-RJ), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Hélio Lopes (PL-RJ), Domingos Savio (PL-MG) e Evair de Melo (PL-ES). A permanência do ex-chefe do Executivo no partido tem sido interpretada por aliados como uma estratégia para articulação política silenciosa, enquanto busca alternativas jurídicas para tentar reverter ou flexibilizar as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal.
Fonte por: Jovem Pan
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