Grupos de direita se manifestaram no domingo (3) em várias cidades contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e em favor da anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro, além de outras questões.

Na Avenida Paulista, os manifestantes se reuniram em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). Sobre o veículo de som, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) proferiu um apelo em vídeo direcionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e detalhou que o presidente “não pode falar, mas pode ver”.

Nikolas criticou Moraes, afirmando: “Alexandre Moraes, você é um cara corajoso. Mas sem toga você é nada”. O parlamentar acrescentou que a prioridade do movimento bolsonarista deveria ser o “Fora Lula” e, em segundo lugar, o impeachment de Moraes.

O evento em São Paulo, na Avenida Paulista, foi promovido pelo líder religioso, que solicitou um momento de silêncio em nome de “aqueles que não podem falar”. Sem mencionar nomes, o líder criticou apoiadores que não participaram do ato na capital paulista. “Quem diz ser a opção no lugar de Bolsonaro? (… ) O que fica provado é que Bolsonaro é insubstituível”, afirmou.

“Tão com medo do STF, né? Por isso não chegaram até aqui, né? Arranjaram desculpa, né?” questionou Malafaia, que encerrou os discursos.

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Os manifestantes começaram a se dispersar por volta das 16 horas.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não participou do evento. Ele realizou uma radioablação por ultrassonografia de tireoide no domingo à tarde. O procedimento médico é considerado não invasivo e com rápida recuperação.

Em São Paulo, manifestantes apresentaram cartazes com mensagens como “Help Trump” e “Thank you Trump”, em agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devido à imposição de tarifas sobre produtos brasileiros, justificadas como uma “caça às bruxas” no julgamento de Bolsonaro no STF e após a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre Moraes.

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Mais cedo, na manifestação na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também telefonou para o pai e o colocou no viva-voz. Bolsonaro mandou um abraço para os manifestantes e disse que o ato deste domingo é pela nossa liberdade, pelo nosso futuro. O governador Cláudio Castro (PL) também participou das manifestações no Rio.

Bolsonaro não participa presencialmente das manifestações devido ao cumprimento de medidas cautelares em Brasília, que o impedem de deixar de sua residência nos finais de semana.

Os eventos deste domingo representam os primeiros atos políticos organizados após os Estados Unidos aplicarem sanções contra o Brasil e os ministros do STF, notadamente o ministro Moraes.

Na manhã seguinte, em Belém, onde acompanhava a agenda do PL Mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) subiu em um veículo de som e fez sinal para os manifestantes.

Hoje é o dia que se comemora o Fim da Censura no Brasil! Censura que, infelizmente, voltou! Que as manifestações de hoje reacendam o vigor brasileiro para recuperarmos nossa liberdade e acabemos com o avanço da censura no Brasil! Aqui em Belém, pude sentir toda a emoção e vibração positiva do povo do Norte, afirmou Michelle em post nas redes sociais após o evento.

Além disso, houve registros anteriores de manifestações favoráveis a Bolsonaro em Brasília, Belo Horizonte e Goiânia, com a maioria dos participantes utilizando camisetas verde e amarelo.

Publicado por Douglas Porto

Fonte por: CNN Brasil