Após suas primeiras declarações públicas após o uso de tornozeleira eletrônica, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter se sentido humilhado, e negou que buscasse deixar o país. “Sair do Brasil é a coisa mais fácil que existe”, ironizou.
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O ex-presidente declarou aos jornalistas, após deixar a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde foi levado após a operação de busca e apreensão realizada nesta sexta-feira, 18, em sua residência na capital federal.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes versa sobre a acusação de que o ex-presidente teria agido intencionalmente para comprometer o funcionamento do Poder Judiciário brasileiro sob pressão de um governo estrangeiro. Bolsonaro nega.
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“A suspeita é um exagero. Quarta busca em cima de mim”, lamentou. Durante a coletiva improvisada, a palavra “humilhação” foi citada diversas vezes.
Ao tentar fortalecer o vínculo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro negou ter incentivado a tarifação americana contra o Brasil e ofereceu-se para negociar a revogação da medida. “Eu me coloco à disposição. É lógico que não vão me dar o passaporte. Se me derem, e o governo tiver interesse, busco uma audiência com o presidente dos Estados Unidos”, disse. “Por cinco vezes o presidente dos Estados Unidos citou meu nome.”
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O capitão reiterou ser vítima de perseguição e questionou as acusações da Procuradoria-Geral da República sobre a tentativa de golpe. Diante de questionamentos sobre a “minuta golpista”, confrontou uma repórter: “Você viu a minuta? Quer criminalizar pensamentos?”, retrucou.
Bolsonaro complementou afirmando não acredita na volta do filho Eduardo ao Brasil, justificando com o risco de prisão: “Se vier cá, vai ter problemas”.
Fonte por: Carta Capital