Bolsonaro apresenta saúde “extremamente fragilizada”, afirma defesa do ex-presidente

O advogado Paulo Cunha Bueno, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que o estado de saúde do ex-mandatário é uma situação bastante delicada.

Na quarta-feira (3), após sessão do julgamento na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que apura uma tentativa de golpe de Estado, Bueno conversou com jornalistas e explicou que Bolsonaro “tem uma saúde extremamente fragilizada” e que a orientação médica é de que ele permaneça em repouso.

É uma situação bastante delicada. E são muitas horas de julgamento, então a recomendação médica é que ele mantenha um certo resguardo em casa.

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O ex-presidente não compareceu fisicamente à sessão do julgamento no STF. Ele encontra-se sob regime de prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.

De acordo com sua argumentação, Bolsonaro tem apresentado “crises de soluço muito intensas” e o cenário presente acarreta grande estresse “tanto do ponto de vista físico, quanto emocional”.

“Eu tive com ele, ele tem crises de soluços muito fortes, até aflitivas”, declarou Paulo Cunha Bueno.

As alegações foram apresentadas logo após Bueno e Celso Vilardi, que também integram a defesa do ex-presidente, manifestarem oralmente seus argumentos na Suprema Corte.

Na investigação, o Procurador-Geral da República, Bolsonaro, é acusado de cinco crimes distintos e é considerado o líder de uma organização que elaborou um plano de golpe de Estado a ser implementado no país após a derrota eleitoral de 2022.

O jornalista Bueno afirmou que “se o julgamento for estritamente jurídico, não há porque condenar o ex-presidente Bolsonaro”.

Ele afirmou que é preciso acreditar que a prova é muito fraca, a acusação é muito tênue, a imputação de fatos que sequer são criminosos, e, em seguida, uma linha de raciocínio extremamente jurídica, estritamente jurídica, não permitiria a promoção de uma condenação.

O julgamento.

As alegações orais de todas as defesas dos réus do chamado “núcleo 1” da denúncia foram concluídas nesta quarta-feira (3).

Na próxima semana, os ministros iniciarão a votação para decidir se condenam ou absolvem os réus. As sessões estão marcadas para os dias 9, 10 e 12.

Fonte por: CNN Brasil