A acusação solicitou ao Supremo Tribunal Federal a detenção do ex-presidente em decorrência de cinco acusações.
Com o julgamento da trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal se aproximando, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não descartou a possibilidade de ir preso e fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes.
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“Tudo pode acontecer atualmente. Veja o Braga Netto, nunca presenciei uma prisão provisória que tenha se estendido por tanto tempo (…). É um indivíduo que sequestrou o Supremo Tribunal Federal [Alexandre de Moraes] e age como lhe parece certo”, declarou em entrevista ao portal Poder360.
Bolsonaro revogou o pronunciamento anterior: “Não considero a possibilidade de prisão. Eu não cometi nada para perder minha liberdade, o mais sagrado que possuímos”. Com o passaporte apreendido, o ex-presidente afirmou não ter intenção de sair do país. “Estou com 70 anos, cheio de problemas de saúde, como vou para outro país”, declarou.
Bolsonaro continuou a atacar o procurador-geral, Paulo Gonet, que solicitou a prisão ao Supremo Tribunal Federal, e reiterou a alegação de que o processo configura uma perseguição política. “Eu não queria estar nessa situação, uma acusação absolutamente estapafúrdia”, afirmou.
O ex-presidente reiterou que se encontrava nos Estados Unidos no dia dos ataques de 8 de Janeiro e, por isso, não poderia ser responsabilizado por depredação de patrimônio público. Ele é acusado pela PGR de ter articulado atos que culminaram na invasão aos Três Poderes.
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Gonet ressaltou que Bolsonaro empregou o cargo exercido para assegurar sua permanência no poder. “O acusado agiu de maneira sistemática, durante seu mandato e após sua derrota nas eleições, para fomentar a insurreição e a desestabilização do Estado Democrático de Direito”.
A acusação final solicita a condenação do ex-presidente por cinco delitos, quais sejam: liderar organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com prejuízo considerável para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado. A soma das penas máximas pode atingir 46 anos.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.