Bolsonaro afirma que “Anistia” proporcionará “paz para a economia” em relação à tarifaço

Ex-presidente afirma que “a solução está nas mãos das autoridades brasileiras” para anular a tarifa de 50% aplicada por Trump; indica, de forma velada, …

13/07/2025 14:55

3 min de leitura

Bolsonaro afirma que “Anistia” proporcionará “paz para a economia” em relação à tarifaço
(Imagem de reprodução da internet).

Jair Bolsonaro (PL) afirmou, no domingo (13.jul.2025), que depende das autoridades brasileiras para negociar e tentar revogar a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano). Ele sugere, de forma indireta, que a solução envolva os Três Poderes da República atuarem para anistiar os envolvidos no 8 de Janeiro e no processo de tentativa de golpe de Estado.

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O tempo é curto, as sanções começam a valer a partir de 1º de agosto. A solução está nas mãos das autoridades brasileiras. Em caso de harmonia e independência entre os Poderes, há o perdão entre irmãos e, com a anistia, também a paz para a economia.

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O ex-mandatário brasileiro declarou que a mensagem de Trump está mais ligada a “valores e liberdade” do que à economia. Ele também manifestou seu descontentamento com sanções individuais ou familiares, bem como com o efeito das tarifas sobre os produtores rurais e a população.

Bolsonaro escreveu: “A carta do presidente @realDonaldTrump tem muito mais, ou quase tudo, a ver com valores e liberdade, do que com economia”.

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Não me alegra ver sanções pessoais ou familiares a quem quer que seja. Não me alegra ver nossos produtores do campo ou da cidade, bem como o povo, sofrer com essa tarifa de 50%.

Bolsonaro indicou que a política comercial dos EUA reflete uma mudança de postura geopolítica. Alegou que o vice de Trump declarou recentemente na Europa que os Estados Unidos não utilizarão mais recursos do contribuinte para defender países que abandonaram valores comuns de seus povos.

A taxa de 50% sobre produtos brasileiros foi anunciada por Trump na última quarta-feira (9.jul). Deverá ser aplicada a partir de 1º de agosto.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem elaborado uma resposta, que compreende a regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica. Essa ação possibilita a contraposição comercial a nações que abordem o Brasil de forma desfavorável.

O argumento central do presidente norte-americano para a aplicação da tarifa comercial é que as autoridades governamentais brasileiras estariam “perseguindo” Bolsonaro.

O antigo chefe do Executivo federal é acusado no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022, em que foi derrotado.

Em resposta à medida de Trump, o presidente Lula declarou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que o Brasil adotará a Lei da Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025) para responder à imposição.

O processo judicial contra os responsáveis pelo planejamento do golpe de Estado não está sujeito a interferências ou ameaças que violem a independência das instituições nacionais, conforme declarado por Lula em nota divulgada na última quarta-feira (9.jul).

Em sua carta a Lula, Trump classificou como “vergonha internacional” o modo como Bolsonaro é julgado, afirmando que há uma “caça às bruxas” que deve terminar “imediatamente”.

A China também respondeu ao anúncio do presidente norte-americano e criticou os EUA por tentar influenciar o julgamento do ex-presidente brasileiro pelo Supremo. Na sexta-feira (11.jul), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, declarou que o governo norte-americano viola regras da ONU.

Ning declarou que a igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta da ONU.

Compreenda a controvérsia tarifária entre Estados Unidos e Brasil. Assista (1min47s):

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.