“Tudo pode acontecer”, declarou o ex-presidente ao ser perguntado se o item apreendido pela Polícia Federal poderia ter sido colocado ali.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou desconhecer se o pen drive apreendido no banheiro de sua residência, durante operação da Polícia Federal, pertence à sua esposa, Michelle Bolsonaro.
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Ele concedeu entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (18.jul.2025) e declarou não saber de onde o objeto surgiu, criticando a preocupação: “Pen-drive no banheiro. Só faltou dizer que estava dentro da privada”.
Veja o vídeo (1m7s):
Bolsonaro também afirmou não ter perguntado à esposa se o objeto pertencia a ela, mas acredita que não seja: “Eu não perguntei se é dela, acredito que não seja. Já é a 4ª busca e apreensão. Não tem nada.”
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A Polícia Federal apreendeu nos calabouços do ex-presidente a quantia de 14 mil dólares, juntamente com um pen drive. Ele não especificou o conteúdo do dispositivo eletrônico nem justificou sua presença no banheiro de sua residência.
Estava eu ali (em casa), tudo certo? De repente uma senhora, uma moça, uma jovem disse: “Meu dedo está sangrando, tem um banheiro?”. Indiquei o banheiro para ela. Depois voltou com um pen drive na mão. “Nunca mexi com pen drive na minha vida”, afirmou.
Bolsonaro declarou: “Tudo pode acontecer”.
A detenção ocorreu na nova etapa das investigações contra Bolsonaro, após ele ter instalado monitoramento eletrônico no Distrito Federal.
Os mandamentos foram autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e integram a ação penal que apura o núcleo central na tentativa de golpe de Estado em 2022, em que Bolsonaro é réu.
Assista à íntegra da entrevista de Bolsonaro a jornalistas (12min03s).
A Polícia Federal (PF) executou, na manhã desta sexta-feira (18.jul), mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente, além de outras medidas cautelares, incluindo a prisão, em Brasília. Os mandamentos foram autorizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e estão sendo cumpridos na residência do ex-presidente e em locais ligados ao PL (Partido Liberal), partido de Bolsonaro.
Bolsonaro está réu em ação penal no STF (Supremo Tribunal Federal) que investiga seu envolvimento no núcleo central da tentativa de golpe de Estado em 2022.
São as determinações judiciais aplicadas ao ex-presidente.
A acusação solicitou a condenação do ex-presidente na segunda-feira (14.jul.2025). Alegou que Bolsonaro “alimentou diretamente a insatisfação e o caos social” após sua derrota eleitoral para o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segue a íntegra (PDF – 5,4 MB).
Se condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode ultrapassar os 40 anos de prisão.
Em 2023, o ex-presidente foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele permanece inelegível até 2030. Na entrevista, declarou que os processos visam tirá-lo da disputa política devido ao seu bom desempenho em pesquisas de intenção de voto. Alegou que, em 2022, quando disputava a reeleição, o TSE “pesou contra” ele.
Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou ter recebido com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra o ex-presidente e que ainda não teve acesso à decisão de Moraes.
Aqui está a íntegra da nota:
A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro manifestou surpresa e indignação com a imposição de medidas cautelares severas, que até o momento sempre respeitou as determinações do Poder Judiciário.
A defesa se manifestará oportunamente, após conhecer a decisão judicial.
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Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.